Data: vinte
e quatro de março de dois mil e quinze. Local: sul da França. Acontecimento: queda
do avião Airbus A320, da companhia alemã Germanwings, que saiu de Barcelona,
Espanha, com destino a Düsseldorf, na
Alemanha. Suspeita: o copiloto, Andreas Lubitz, derrubou o avião
propositalmente. Não houve sobreviventes.
O fenômeno acima parece ser algo
isolado, uma catástrofe causada por um homem ensandecido, um ser louco,
irracional. Mas, se observado sob uma perspectiva durkheimiana, esse
acontecimento constitui um fato social.
Andreas Lubitz sofria de depressão e
tinha tendências suicidas. Segundo sua ex-namorada, Lubitz desejava ser capitão
da Lufthansa e sempre dizia que o mundo conheceria seu nome.
Essa pressão em obter sucesso
profissional, suposta causa dos problemas psicológicos do copiloto, marca um
fato social: o trabalho. Desde o nascimento, o ser humano é coagido a estudar,
para que, no futuro, siga uma carreira promissora. Entretanto, a sede por
sucesso é, muitas vezes, maior do que a capacidade do homem de saciá-la, o que
leva, muitas vezes a frustrações e desapontamentos. E a sociedade não vê o
fracasso com bons olhos, o que pode levar muitas pessoas a loucura e a cometer
atos, que à luz da sanidade, são considerados verdadeiras atrocidades.
Portanto, é preciso perceber que,
assim como afirmava Durkheim, nada ocorre isoladamente. Os fenômenos e os fatos
sociais estão sempre interligados, conectados entre si.
Luiza Macedo Pedroso
Introdução à Sociologia - 1ºano Direito diurno
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