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domingo, 31 de maio de 2015

Airbus A320 e uma análise durkheimiana

            Data: vinte e quatro de março de dois mil e quinze. Local: sul da França. Acontecimento: queda do avião Airbus A320, da companhia alemã Germanwings, que saiu de Barcelona, Espanha, com destino a Düsseldorf,  na Alemanha. Suspeita: o copiloto, Andreas Lubitz, derrubou o avião propositalmente. Não houve sobreviventes.
   O fenômeno acima parece ser algo isolado, uma catástrofe causada por um homem ensandecido, um ser louco, irracional. Mas, se observado sob uma perspectiva durkheimiana, esse acontecimento constitui um fato social.
     Andreas Lubitz sofria de depressão e tinha tendências suicidas. Segundo sua ex-namorada, Lubitz desejava ser capitão da Lufthansa e sempre dizia que o mundo conheceria seu nome.
   Essa pressão em obter sucesso profissional, suposta causa dos problemas psicológicos do copiloto, marca um fato social: o trabalho. Desde o nascimento, o ser humano é coagido a estudar, para que, no futuro, siga uma carreira promissora. Entretanto, a sede por sucesso é, muitas vezes, maior do que a capacidade do homem de saciá-la, o que leva, muitas vezes a frustrações e desapontamentos. E a sociedade não vê o fracasso com bons olhos, o que pode levar muitas pessoas a loucura e a cometer atos, que à luz da sanidade, são considerados verdadeiras atrocidades.

    Portanto, é preciso perceber que, assim como afirmava Durkheim, nada ocorre isoladamente. Os fenômenos e os fatos sociais estão sempre interligados, conectados entre si. 

Luiza Macedo Pedroso
Introdução à Sociologia - 1ºano Direito diurno

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