O positivismo de Comte se insere como
último estágio do conhecimento. O primeiro seria o estágio teológico, onde
todos os fenômenos seriam explicados por agentes sobrenaturais. O segundo seria
o estágio metafísico, de transição. Já o estágio positivo seria aquele em que
se busca a lei universal dos fenômenos.
Assim como Newton buscou as leis que regiam
a física, Comte se atentou em chegar às leis dos fenômenos sociais. Ele afirma haver as “leis lógicas”, aqueles pontos comuns em todas sociedades,
como a família, a escola. Essas leis seriam o que podemos chamar de “ordem”
social, ou seja, aqueles pontos que, se modificados, alteram a condição de
equilíbrio.
As sociedades vivem, para o autor, em uma
marcha efetiva para o progresso e isso só é possível quando a ordem social é
mantida. A partir daí nota-se certo conservadorismo na teoria do Positivismo. O
poder deve estar concentrado na mão daqueles que tem o conhecimento,
aproximando-se de Bacon ( “saber é poder”) e, portanto, as camadas menos
favorecidas não podem reivindicar esse, nem qualquer outro papel que não seja
aquele que já exerçam. A ordem é estabelecida quando todos exercem da maneira
desejada seu exercício, sendo, portanto, as camadas médias e baixas também
fundamentais nesse aspecto.
A educação positivista, portanto, visa
instituir uma sociedade em que os membros já tenham em mente o espírito da
teoria. Não se deve manipular o povo, mas sim educa-los a fim de que tenham
consciência de que é necessário manter os papeis sociais.
Graziela da Silva Rosa - Direito Noturno
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