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sábado, 6 de abril de 2013

Cientificismo utópico

A evolução e o cintificismo são alicerces do século XXI. Acostumados com inúmeras inovações tecnológicas, paramos de refletir sobre a fundamentação dessa constante corrida científica. Mais do que nunca, hoje podemos entender claramente o que August Comte dizia com sua inovadora ideia do Positivismo, afinal, as revoluções de ideais se sobrepõem de tal forma dentro das ciencias que torna-se impossivel não acreditar que o objetivo dessa instabilidade é a busca pelas leis que movem a realidade nua e crua.

Comte buscou em Bacon e Descartes uma certa inspiração ao formular sua tese positivista, afinal deixa-se de adotar a ciencia contemplativa e busca-se a atuação efetiva na sociedade. E isso realmente aconteceu dentro de campos nos quais era possivel ser impessoal durante a pesquisa e estudo do objeto em questão.

Essa aplicação era até razoavelmente fácil quando falamos em física, biologia e química, mas, ao se tratar de assuntos sociais, torna-se impossível que tal distanciamento ocorra. Uma vez que o homem passa a estudar o próprio homem. Atualmente, vários avanços nessa área social já podem ser considerados, entre eles a instituição da união estável entre homossexuais. Essa inovação no direito pode ser uma quebra de paradigmas religiosos rumo ao potivismo ou até, dependendo da interpretação, um distanciamento dessa ideia. A primeira possibilidade aborda um fato social que deixa de ter uma influência teológica tão significativa para ser guiado pela razão e pela igualdade de direitos. Já a segunda pode ser uma nova maneira de enxergar a evolução, ou seja, por maiores que sejam os paradigmas quebrados, os conservadores (positivistas) lutam contra essa abertura legal por enxergá-la como uma frente contrária ao que é instituido por Comte.

A questão é que, segundo August Comte, o homem só chegará completamente à analise verdadeira da realidade quando for capaz de abandonar os sentimentos teológico e metafísico. Todavia, isso está muito longe de acontecer no aspecto social da humanidade. Assim, depois de centenas de anos após a apresentação dessa ciência social e a defesa efetiva da atuação da mesma, Comte se surpreenderia se descobrisse que a filosofia contemplativa da sociedade ainda não foi corrompida por completo e que essa é a única ciencia que apresenta um baixo índice de evolução devido ao envolvimento emocional dos pesquisadores.

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