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sábado, 6 de abril de 2013

Do pré-positivismo Maquiavélico ao positivismo da bandeira nacional

Em seu Curso de filosofia positiva Auguste Comte propõe a iniciação da Física Social, que em pouco passaria para Sociologia. Em um momento de fervilhamentos de movimentos sociais, Comte enxergou a necessidade de criar uma ciência que analisasse a sociedade.
A tais estudos, Comte nomeou-os Positivismo, o que era preciso, o que era certo. Com fortes bases em Bacon e em Descartes, Comte é fortemente influenciado pelo uso do método. Além dessas bases, é possível encontrar em uma análise mais complexa, uma base em Maquiavel. Quando Comte explicita a ordem e o progresso, porque não compará-los ao Príncipe maquiavélico, que mesmo que tirano, busca estabelecer uma ordem na sociedade desordeira, para a partir daí, tentar efetivar o progresso. E, talvez tal como Maquiavel, Comte acha que cada um tem seu lugar, ou seja, existe uma imobilidade social, e só quando cada qual se contenta e se empenha em seu papel social é que a sociedade flui positivamente.
E o príncipe de ontem, ainda existe hoje. Príncipes positivistas se espalham por todo o mundo, à frente de diversas instituições. Não são príncipes propriamente ditos, são militares, agentes do Direito, e tantos outros que buscam a ordem para alcançar o progresso. A bandeira brasileira prova a ideologia positivista sob a qual foi criada.
Portanto, é perceptível que Comte é precursor da Sociologia a partir de seu positivismo, mesmo que por uma visão positivada das ideias e das observações. Além disso, é extremamente perceptível que diversas instituições da atualidade são declaradamente positivistas, o que explicita que as ideias de Comte ainda sobrevivem ao tempo.


Marcelo Ferreira Rosa Filho - Direito Noturno

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