O filme “Ponto de mutação” baseia-se no livro de Fritjof Capra. Um encontro inusitado entre um poeta, um ex-candidato a presidência dos Estados Unidos e uma cientista decepcionada com o mau uso que fizeram de suas descobertas culmina em uma discussão sobre os mecanismos que regem o mundo.
Ao abordarem a evolução da forma de pensar humana analisam o método cartesiano onde o todo é dividido em partes para que seja possível analisá-lo e entendê-lo. O desenrolar o tema leva-os a análise das políticas demagógicas e ineficientes que apresentam-se como regra nos governos da atualidade.
Da grande crítica às ações mecanicistas que tomam conta dos políticos de maneira geral surge uma nova proposta de como governar. O método proposto visa a prevenção em detrimento da reparação. Os resultados viriam a longo prazo mas a intervenção feita nas causas do problema e não em suas consequências tem, sem dúvida, maior eficácia.
O raciocínio ecológico tão priorizado nos dias de hoje também manifesta-se ao longo do filme. As relações humanas com seus semelhantes e com os elementos da natureza são fundamentais e inevitáveis. "Nenhum homem é uma ilha". As conexões são a base da existência. Somos todos parte da teia de relações que coordenam a vida dos homens.
Essa interdependência obriga os seres humanos a pensar coletivamente. A preservação e o uso inteligente dos recursos naturais torna-se imprescindível para que haja qualidade de vida em um futuro que aproxima-se em alta velocidade. O desenvolvimento sustentável faz-se necessário para prevenir o surgimento de grandes feridas que, se abertas, talvez não seja possível remediar.
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