Desde a Primeira Revolução Industrial, as relações de trabalho mudaram rapidamente conforme as necessidades específicas da população e a tecnologia empregada na época. Há, no entanto, um fator sempre em comum a essas relações trabalhistas: a exploração. Dessa forma, é necessário discutir esse tema, abordando as formas atuais de exploração no mundo do trabalho, especialmente no que se refere à terceirização e à uberização, e a luta para a diminuição do caráter exploratório no futuro.
A princípio, vale ressaltar como a proposta de uma "rotina flexível" de trabalho é utilizada para atrair funcionários para funções que contrariam as leis trabalhistas. Ao não serem registrados com vínculos empregatícios pelas empresas onde trabalham, os trabalhadores em regimes de uberização e terceirização não possuem acesso a direitos básicos, como férias, décimo-terceiro e até mesmo indenização no caso de acidentes. Nesse viés, buscando uma forma de aumentar sua renda, muitas vezes por não conseguirem empregos formais, os empregados realizam jornadas de trabalho extremamente longas e desumanas, sem qualquer amparo, caracterizando, assim, uma exploração.
Sob esse prisma, é importante destacar lutas de movimentos sociais pelo fim, ou, ao menos, a diminuição de condições exploratórias no âmbito do trabalho. Com a reforma trabalhista ocorrida no Brasil em 2017, a contribuição para sindicatos passou a ser opcional, diminuindo seu poderio financeiro, mas não sua vontade de luta. Por conseguinte, atualmente, especialmente após a pandemia, a discussão sobre a uberização se tornou mais ampla, gerando reivindicações de trabalhadores "uberizados", como motoboys a serviço de plataformas de entrega, para conseguirem compensações justas.
Logo, é perceptível como a precarização do trabalho no mundo atual é uma realidade, apesar de movimentos formados a fim de encerrar essa expropriação. Desse modo, a luta dos trabalhadores deve ser reconhecida e amplificada.
Beatriz Perussi Marcuzzo, 1º ano - noturno, RA: 241220459
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