O DITADOR SILENCIOSO
Não são poucas as obras contemporâneas do entretenimento que retratam ditos ditadores tiranos como seus vilões, principalmente em ambientações fantásticas e/ou distópicas. Neste contexto, o que se entende como "ditador" é alguém que governa injusta e cruelmente, que coloca sua vontade e sua autoridade acima das leis e da justiça. Por esta lógica, o fato social (maneira coletiva de agir que não está submetida à vontade individual, mas que a influencia) seria um ditador na nossa sociedade, pois ele organiza as sociedades ditando regras para uma coesão sem considerar as discrepâncias entre os indivíduos.
Ao contrário das obras em que o ditador tem um corpo e uma voz, as regras sociais que garantem a coesão social são forjadas culturalmente e incorporadas à consciência coletiva, formando uma sociedade com crenças e sentimentos comuns. Deste modo, a imposição de opiniões e comportamentos faz do fato social um ditador silencioso.
Além de, assim como com os ditadores, a acomodação às regras nos fazer perder noção sobre a sua imposição e sua falta de espontaneidade, o fato social também utiliza da lógica do funcionalismo (teoria sociológica desenvolvida por DURKHEIM sobre a importância da harmonia e estabilidade social para o funcionamento da sociedade). Portanto, pode-se dizer que, para a organização das sociedades, o fato social atua como um ditador silencioso.
Juliana Akie Koki - RA: 241223644
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