O
positivismo em sua origem como fenômeno social tem como preceito a positivação
do conhecimento, ou seja, submete-lo a testes e contra testes visando obter
concepções sólidas para servirem como base ao progresso, assim evitando a
desordem. Portanto, Auguste Comte sobre à influência de Rene Descartes e
Francis Bacon buscou consolidar um pensamento social baseado nos preceitos da
ciência moderna (pensamento empírico racional) visando assim o avanço social
uma vez que a história da humanidade é alavancada por ideias humanas como
defende o seu criador.
Porém,
na contemporaneidade a verdade está constantemente em cheque, seja por
mentiras, manipulações, entre outras formas de desinformação ou pela própria
possibilidade de serem substituídos por verdades mais condicentes com a
realidade. Está constante mudança seja ela real ou forjada resulta em uma
contradição a solidez comtiana que resultava na ordem, uma vez que a ciência se
demonstra um campo de “verdades” em constante ameaça de serem substituídas.
Essa noção de refutabilidade é para Karl Popper o que distingue a ciência da “não
ciência”, os prognósticos científicos são afirmações que correm o risco de
serem provados falsos, já os “não científicos” costumam ser amplos de mais para
serem provados falsos ou distorcem a realidade de forma a positivar seus
pensamentos ao exemplo do ocorrido no livro “O Idiota Coletivo” de Olavo de Carvalho.
Portanto o Positivismo encontra em constante ameaça a seu objetivo de estabilidade
uma vez que a “verdade” não é uma garantia de ser algo correto.
Em
decorrência da impossibilidade de a ciência ser a base de uma estrutura sólida,
o positivismo na contemporaneidade configura-se através da positivação de pensamentos,
noções e ideias por falsas verdades que assumem o poder de fatos. Em decorrência
dessa configuração estes não são alvos da possibilidade de serem provados
falsos uma vez que já o são, mas através de manipulações da realidade constituem-se
se como verdades incontestáveis. Um exemplo dessa construção é novamente Olavo
de Carvalho que através de suas noções e pensamentos deturpados positiva suas
noções fantasiosas sobre o mundo como demonstrado no capitulo “Mentiras Gays”
do já referido livro “O Idiota Coletivo” sendo um exemplo a utilização da “Lei
de Godwin” utilizando-se da associação ao Nazismo para pregar a figura do
Homossexual como opressor e não oprimido, descontextualizando que este fora assassinado
por suas predileções políticas e sexuais, sendo a homossexualidade condenada e
perseguida pelo Reich Alemão. Portanto Olavo é um positivista contemporâneo que
não alça metade da conjuntura de Camte uma vez que se limita apenas a ordem,
mas não se tem uma real positivação de suas ideias e argumentos, apenas
mentiras sobrepostas ao que seria na concepção de Francis Bacon uma falsa
interpretação da natureza que por sua vez é incapaz de levar ao progresso.
-Rafael Bashiyo Baz - 1º ano Direito - Diurno
Nenhum comentário:
Postar um comentário