A sociologia
positivista tem como seu precursor, Auguste Comte, que em seu texto “Discurso
sobre o Espírito Positivo” destaca a importância da existência de uma ciência
humana sistemática a partir do que ela se apresenta pois, o modo como a
sociedade está estruturada é um objeto de estudo certo e concreto, diferentemente
de compreender abstrações ideológicas que são incertas e podem trazer o caos e
a desordem. Ainda sobre a sociologia positivista, Comte destaca a necessidade
de uma moral racional, sólida e coletiva pois a moral é uma propriedade humana,
e é através dela que se obtém a ordem, sendo que a moral positivista proposta
por Comte é solidaria e tem como fim o bem coletivo, por essa razão a filosofia
positivista se faz necessária para a manutenção de uma sociedade orgânica.
Hoje, tem-se
uma série de questionamentos ao avanço da ciência e dos valores morais que
colocam em xeque a conservação da estrutura social. O que se observa é uma
descrença aos papéis sociais, como se os cidadãos não acreditassem em suas
funções que compõem o corpo orgânico da sociedade. Analogamente ao positivismo,
para que se tenha o progresso é necessário que haja primeiramente a ordem, sem
a garantia de uma determinada ordem social o progresso é obstruído por
abstrações que impedem o bem comum. Logo, ao os indivíduos não cumprirem com
seus papéis sociais, esses trarão a desarmonia e impedirão o progresso do
coletivo.
Um exemplo da
corrente positivista na atualidade é o pensador Olavo de Carvalho que em seu
texto “Mentiras Gays” discute a primazia da heterossexualidade. Dentro do
pensamento de Olavo, como as relações heterossexuais são responsáveis pela
manutenção da espécie humana ela se configura como uma função social necessária
para que haja a ordem, enquanto as relações homossexuais são na verdade um
desejo arbitrário de alguns seres humanos que se desvirtuaram de seus papeis
sociais, e não promovem a coesão da sociedade. Carvalho ainda aborda o problema
dos gays e lésbicas reivindicarem direitos próprios pois, como esses não se
consideram deficientes não existe razões para existirem direitos específicos e
nem há motivos para a comunidade LGBTQIA+ pretender uma vida “normal” já que
dentro de uma moral positivista eles são exatamente a disfunção social que gera
a violência para o corpo social orgânico da sociedade.
Logo, o
pensamento positivista e o “olavismo” andam intrinsecamente ligados na
atualidade, já que pode-se entender que as pessoas que não cumprem com suas
funções sociais geram uma violência para todo o corpo orgânico da sociedade que
coloca em risco todo um percurso de progresso da humanidade.
(OBS: O
PRESENTE TEXTO NÃO CONDIZ COM A OPINIÃO DA AUTORA. É APENAS UM EXERCÍCIO
PROPOSTO PARA FINS EDUCACIONAIS)
Maria Clara Ramos Okasaki- 1ºano Direito- Diurno
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