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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O positivismo e o desastre econômico brasileiro

Os ideais positivistas, difundidos nas academias militares do Brasil e no meio político no período anterior e posterior a queda da monarquia causaram abalos na política econômica de diversos governos, com resquícios na contemporaneidade. A ideia por trás do lema “Ordem e Progresso” presente na bandeira do Brasil, por sua vez, transmite a necessidade de um Estado forte que adote um plano político e econômico linear, o que prejudicou a sociedade posteriormente.

Tal fator pode ser visto, por exemplo, no regime militar iniciado em 1964, em que houve a elaboração de planos, por parte dos generais, visando o desenvolvimento de setores econômicos estratégicos. Para isso, usou-se a Ordem com a promessa de progresso aos brasileiros, na prática o resultado foi diferente. Durante o período houve o crescimento econômico exponencial de diversas empreiteiras aliadas ao regime e que participavam dos planos econômicos.

Na contemporaneidade, essa relação continuou crescendo por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que desvirtuando do seu papel de ajudar pequenos e médios empresários privilegiou o alto empresariado com o consentimento do Governo Federal em sua política econômica linear e centralizadora, o estopim foi o início da Operação Lava Jato, revelando diversos esquemas de corrupção entre construtoras e a classe política.

O conhecimento científico defendido por Comte como melhor método para guiar as ações humanas é constantemente utilizado pelos governos brasileiro, que tentam prever resultados econômicos por meio de suas equipes, porém em sua maioria são desastrosos e afetam a população, especialmente a de baixa renda. O desemprego acaba sendo o destino dessa, restando muitas vezes um trabalho autônomo, porém quando essa procura a ajuda do Estado - o mesmo que promete o progresso - para financiar o seu pequeno negócio acaba se deparando com uma enorme burocracia e com órgãos que privilegiam apenas os grandes empresários.

Marco Antonio Cid Monteiro da Silva - 1º ano - DIREITO - NOTURNO

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