Sobre Raul Seixas e Comte
“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante”. Ao escutar essa
frase remete-se imediatamente ao cantor Raul Seixas. No entanto, a mesma, serve
para todos os homens em geral e, essa transformação, depende do contexto
histórico vivido. Comte, para entender o fenômeno humano, criou a física
social, também chamada sociologia, com o intuito de, pela observação,
compreender os padrões humanos.
A criação da sociologia não foi ao acaso: a revolução
industrial foi um fenômeno único para o homem, pois tirou o foco da terra como
fonte de sustento para criar o mercado de trabalho para as fabricas. Foi a desraização
do homem da terra. Tudo isso causou uma convulsão social, como a Primavera dos
Povos.
Com a sociologia, Comte buscou traçar leis invariáveis que
determinassem o homem, encontrando duas: a ordem (estática), representada pela
família, hierarquia, religião e etc, e o progresso (dinâmico).
Observando essa linha
de pensamento, vemos o quanto estamos presos até hoje em ordens estáticas. Somos
presos a ideias fixas, tradições e costumes que, por vezes, nos impedem de
evoluir. O positivismo, que é uma forma de ser sociologia, cria padrões
extremos de racionalidade, ignorando o individual e reafirmando o coletivo
racional.
Um problema: falta de empatia. Ao ignorarmos o “diferente”,
criamos uma regra do “dever ser”, deixando de lado “o que eu queria ser”,
impedindo as mudanças naturais do homem e da história do mesmo. Um exemplo, é a
padronização da família. Em pleno séculos XXI, somos obrigados a pensar que um
homem, uma mulher e seus filhos são o ideal desse núcleo. Ignoramos as demais
orientações sexuais, amores e desamores humanos. Então, até que ponto o estado
positivo é a evolução mor do homem? Até onde devemos ser racionais sem perder a
empatia?
Talvez a solução seja ser um ser pensante, mas com um pouco
de Raul Seixas. Pensar, repensar, agir racional e, quando houver falta de
empatia, metamorfoseasse a ponto de se reformar em algo mais: um homem do
progresso a favor da humanidade como um todo
Nenhum comentário:
Postar um comentário