Para Auguste Comte, a
reorganização da sociedade não seria feita em 3 horas e 40 minutos, se levada
ao forno preaquecido à 180º. Sua ideia consistia na teleologia e progresso,
isto é, nossa evolução teria uma finalidade, simples e determinada por etapas. O
“mise en place” (a forma de organizar o processo de confecção de um prato e
essencial para o sucesso da receita) do pensamento positivista trata-se de
estágios necessários ao amadurecimento das formas de entender e explicar do mundo.
De início, precisa-se deixar o estágio teológico marinar, por se tratar de uma
sociedade ainda “crua”, pois sua justificação do mundo era pautada em bases
religiosas. Em seguida, o metafísico seria um processo de transição para o
estágio Positivo, no qual a razão se torna livre, suprema, soberana, “ao ponto”.
É neste momento em que é proposto que se refogue o pensamento sociológico
sistemático, tendo como ingredientes essenciais: a sociedade, como objeto de estudo,
e as ciências da natureza para o estabelecimento de conceitos e um método que
gere conhecimento. Assim, a finalização desse preparo consiste na revolução
iniciada por Bacon e Descartes, cuja ordem e progresso promoveriam o triunfo da
filosofia positiva de forma a compreender, intervir e resolver os problemas
desse meio social. Entretanto, tal perspectiva positivista, conservadoras, eurocêntricas,
superficial, presente até hoje nos faz refletir o porquê da manutenção da moral
e dos padrões impostos pelas grandes instituições ou mesmo, até que ponto tal “receita”
é aplicável? : “Amor, por princípio, ordem, por base, e progresso, por fim”.
Giovanna M. Pasquini, 1º ano Direito (Matutino)
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