Desde o primeiro sopro de vida, o ser humano é imerso em
uma realidade muito maior a ele mesmo. Junto com aquele novo ser, ainda
indiferente às adversidades que lhe rondam, às mazelas sociais, às fraquezas e
dificuldades que existem e perduram em todo canto e recanto ao redor do mundo; junto
com a mais pura da inocência, vista em forma de vida precoce humana, encontram-se
mais vários bilhões que compõe essa teia de relações chamada sociedade.
Haveria, então, nesse sistema, espaço para o individual sobressair-se ao
coletivo?
Com o decorrer dos anos, aquele indivíduo, ainda
virtuoso, é inserido ao meio social gradativamente. A educação surge, por
conseguinte, com um papel significativo na formação de cada pessoa. São impostos
a ele, desde os mais breve anos, visões e comportamentos: regras são coagidas,
e, pouco ao pouco, são interiorizadas. O ser social é forjado. Assim é resumido
o social; uma rede de condicionalidade que cria e impõe aos seres humanos
formas de conduta.
Os laços de interdependência alimentam, então, a máquina
coletiva. Os fatos sociais, tão difíceis de serem conceituados no preto e
branco, convivem em meio a homens, mulheres, crianças, idosos, a todo tempo.
São contínuos. Traduzem-se a todas ações humanas – fixas ou não – que, mesmo expressas
no indivíduo, estão situados na dimensão da sociedade. Estas regras sociais que
moldam todo o agir do ser humano: uma vez a elas acomodadas, conferem a
impressão de que alguns sentimentos têm finalidade individual.
Para além do positivismo, tem-se, portanto, um estado da
alma coletiva. Tem-se a sociedade ultrapassando os limites elaborados pela
individualidade.
Isabelle Elias Franco de Almeida
1˚ ano, direito (noturno) – aula 05
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