A sociologia é a construção de uma ideia a partir da realidade
observada e a filosofia a construção da
realidade a partir de uma ideia formada. Durkeheim, e Comte abraçam a
sociologia. Apesar de Comte ter complementado o método científico de
Descartes aplicando-o às ciências sociais e humanas,,o fez de maneira
tendenciosa considerando valores preestabelecidos e sua história, assim reporta-se a Émile
Durkheim a introdução da sociologia nas linhas acadêmicas.Para este, fato
social é matéria prima das ciências sociais, ninguém pode constituí-lo, apenas
operacionalizá-lo.Este, como recurso metodológico, deve ser analisado como coisa , com a
necessidade de afastar o observador do objeto de análise ,para não contaminar
sua pesquisa.
Dessa forma não há como feministas analisarem o comportamento da
maioria da sociedades do Oriente Médio.,nem alcunhá-los de opressores machistas.Não
há como analisar tais sociedades, orientadas pelo Corão ou pela Sina, com “olhos
ocidentais”, nem mesmo a ocidentalizada sociedade japonesa, baseada ainda na
ultra tradicional sociedade patriarcal. Qualquer análise comparativa ao
ocidente, seria se aproximar do olhar positivista de Comte, baseado em ordens
e conceitos preestabelecidos.
Também contrariando Comte, Durkheim rejeita a ideia de sujeitos
com papéis sociais estáticos; havendo uma intensa modificação entre eles e tal dinâmica seria imprescindível para o equilíbrio da sociedade .Esta está acima do indivíduo,;habita a
individualidade um espaço muito restrito. Todo comportamento individual é gerado por um padrão
social imposto, com isso a memória individual é residual,pois quase que a totalidade
da história e lembranças do indivíduo
está relacionada ao social.
Segundo o autor, as pessoas pouco se guiam por sua
individualidade, são influenciadas pelo padrão social, não se comportando da
mesma forma em coletividade quando sozinhas na intimidade de seu espaço.A
sociedade impõe esse padrão comportamental e o indivíduo o acata como forma de
aceitação.Disso decorrem os modismos, os falsos princípios, comportamentos
violentos e as famosas massas de manobra. Inúmeros são exemplos, como o
corintiano ,com familiar palmeirense, que, junto à sua torcida organizada ,ataca
um palmeirense na rua no embalo do seu grupo.Outro
exemplo seria o gay católico que, na
parada gay ,hostiliza e ironiza símbolos católicos e o católico gay que durante a missa aplaude às críticas do pregador ao homossexualismo. Obviamente
não há um só tipo de comportamento social , mas todas suas variações estão padronizadas em função das várias coletividades que formam
a sociedade.
O indivíduo perde sua personalidade em prol do coletivo. Aquele
que se opõe ao padrão social imposto, sofre suas conseqüências punitivas ,características de
qualquer regime ditatorial, sendo marginalizado ou hostilizado.Alguns procuram , no suicídio, não só um alívio da pressão social,
como também a liberdade d’alma com sacrifício
do seu corpo.A maioria, entretanto, obsessivamente ,procura seguir os padrões
sociais e subjugar sua individualidade aos padrões sociais impostos por seu
grupo.
Émile Durkheim- Regras do Método Sociológo
Direito Noturno- Eduardo S Guercia
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