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sábado, 5 de abril de 2014

"Ciência à flor da pele".

O filósofo inglês Francis Bacon, em seus estudos, passa a buscar uma forma mais confiável para obter o conhecimento, que segundo ele não era intrínseco ao ser humano. A solução obtida por Bacon é a elaboração de um método científico, baseado na interpretação dos fenômenos da natureza através dos sentidos, o Empirismo.
Inicialmente Bacon critica a ação científica apenas como um labor da mente, ou seja, a ciência não pode ser fundamentada apenas nas previsões da mente, mas sim fundamentar-se no conhecimento concreto obtido através da observação dos fenômenos. Um exemplo disso é a diferença existente entre as ciências modernas e a filosofia clássica, no qual a segunda, por se embasar apenas nas previsões, produziu um conhecimento unicamente contemplativo, enquanto as ciências modernas se embasam na observação e sistematização de fenômenos, produzindo um conhecimento útil ao ser humano. Ou seja, como o intelecto humano é passível de erros e sofre turgidez por parte das paixões, e por isso, não se devem seguir cegamente seus princípios.
O método descrito por Bacon descreve uma possível cura para as discrepâncias geradas pela mente humana, já que a experiência passa a ser vista como um método regulatório para a ação do intelecto. Ou seja, para se obter com realidade o conhecimento é necessário a intervenção da experimentação na razão humana. Além disso, Bacon afirma que as antecipações feitas pela mente são a base para o senso comum, ou seja, dá origem a um conhecimento com nenhuma base afirmada, corroborando o caráter falho das previsões da mente humana.
Segundo Bacon, existem dois métodos para se chegar ao conhecimento, o cultivo das ciências e a descoberta cientifica. O primeiro consiste em um método de uso exclusivo do intelecto, sem necessidade da verificação feita pela experiência, enquanto o segundo explora os fenômenos através da observação empírica.
Bacon afirma a existência de ídolos, maneiras distorcidas das representar os fenômenos do mundo, que possuem diferentes formas de atuação. Os ídolos são: Ídolo da tribo, da caverna, do foro e do teatro. Esses ídolos têm grande influencia no comportamento humano, conferindo interferência nos sentidos, formação moral do indivíduo, relações sociais, e equivocações.

Bacon busca através desse método renovar os métodos científicos, formando uma nova ciência capaz de abandonar a contemplação residente nos períodos clássicos, e buscar uma ciência útil na luta contra a natureza. E através dessa ciência, utiliza-la como uma maneira de prevenir o acaso, de maneira a utilizar a experiência para controlar o intelecto humano. No entanto, para que essa ciência tenha esses valores efetivados a favor do ser humano é necessário que a ciência sempre tenha seu foco no infinito, nunca se limitando a limites humanos.
Gustavo Alarcon Rodrigues- 1º Ano Direito Matutino

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