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sábado, 5 de abril de 2014

O paradigma cartesiano


  O filme "Ponto de Mutação" retrata três pessoas com vidas e ideias diferentes, uma cientista (Sonia Hoffman), um político (Jack Edwards) e um poeta (Thomas Harriman), e por possuírem pensamentos tão distintos uma discussão sobre política, ciência e filosofia acaba tendo início, quando a mulher é convidada por Thomas a dar sua opinião sobre a invenção do relógio e as consequências que vieram com ele.

   Sofia faz uma crítica ao pensamento cartesiano e sua visão mecanicista, de que a natureza funciona como um relógio e quando desmontada e reduzida em um monte de peças simples, fica fácil analisá-la e entender o todo, tratando o mundo como uma mera máquina, enquanto Jack não entende o que há de errado com Descartes, pois seus pensamentos ainda estão em voga e segundo ele funcionam, mas para ela os tempos mudaram e as pessoas e a natureza não podem mais ser vistas como máquinas.

   Hoffman defende que devemos ver o mundo de uma nova maneira, não pensar na ciência apenas como um instrumento de transformações que deve ser usada para potencializar tudo que for possível e arrecadar cada vez mais poder, explorando a natureza de forma indiscriminada, mas como algo que melhore as condições de vida das pessoas e preserve os bens naturais.  

 Portanto, para ela o paradigma cartesiano (mecanicista), é ultrapassado e deve ser vencido por novos paradigmas que tratem a natureza e os homens não mais como peças soltas, mas interconectadas e para mudar o pensamento das pessoas é necessário mudar a educação que lhes é passada. 

Karen Yumi Saito
1°ano- Direito Noturno 

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