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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Realidades se superam


Uma das primeiras coisas que aprendemos é que toda ação gera uma reação e ponto. Paramos aí o nosso raciocínio, sem nos perguntar ou perceber o que será dessa reação. Para Engels a reação vira ação e assim sucessivamente, numa constante e incessante dialética. No entanto a dialética de Engels baseia-se no materialismo histórico.
  Talvez alguns “olhos treinados” consigam visualizar esse aspecto da teoria sociológica de Engels com mais clareza, por que não é tão simples no curto espaço de tempo que tem a vida humana observar todo o movimento dialético da história da humanidade. No entanto, hoje, na pós-modernidade, a realidade se apresenta como algo tão rápido e instantâneo que alguns desses movimentos podem ser notados com maior facilidade.
  Pode-se observar uma mudança de postura por parte de algumas instituições, as quais podem ser facilmente consideradas como rígidas e até mesmo estática por aqueles que nelas não estejam inseridos. O Direito, por exemplo, essencialmente na última década tem se transformado e mudado de “postura”. Com a crescente discussão acerca das liberdades e direitos individuais de forma latente na sociedade, o Direito tem sido buscado como forma de alterar a realidade vigente, como instrumento de afirmação de direitos.
  Os direitos conquistados por homossexuais, por transexuais, pelas mulheres, por negros e etc., mostram que, se antes o direito era usado para condenar, recriminar e discriminar essas minorias, hoje ele é usado para e na defesa dessas. Até 2001 as mulheres não tinham direitos em pé de igualdade com os homens no nosso Código Civil; desde de o inicio do movimento feminista e até hoje as mulheres adquiriram direitos e  o Direito foi adequando- se a nova realidade construída. E essa nova realidade não é restrita ás mulheres e nem é fixa. Afinal, toda situação gera uma determinada reação, para a qual sempre haverá uma reação’ e assim novas realidades, novos direitos, e sociedades repaginadas se superam.

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