Uma das primeiras coisas que aprendemos é que toda ação gera
uma reação e ponto. Paramos aí o nosso raciocínio, sem nos perguntar ou
perceber o que será dessa reação. Para Engels a reação vira ação e assim
sucessivamente, numa constante e incessante dialética. No entanto a dialética
de Engels baseia-se no materialismo histórico.
Talvez alguns “olhos
treinados” consigam visualizar esse aspecto da teoria sociológica de Engels com
mais clareza, por que não é tão simples no curto espaço de tempo que tem a vida
humana observar todo o movimento dialético da história da humanidade. No
entanto, hoje, na pós-modernidade, a realidade se apresenta como algo tão
rápido e instantâneo que alguns desses movimentos podem ser notados com maior
facilidade.
Pode-se observar uma
mudança de postura por parte de algumas instituições, as quais podem ser
facilmente consideradas como rígidas e até mesmo estática por aqueles que nelas
não estejam inseridos. O Direito, por exemplo, essencialmente na última década
tem se transformado e mudado de “postura”. Com a crescente discussão acerca das
liberdades e direitos individuais de forma latente na sociedade, o Direito tem
sido buscado como forma de alterar a realidade vigente, como instrumento de
afirmação de direitos.
Os direitos conquistados
por homossexuais, por transexuais, pelas mulheres, por negros e etc., mostram
que, se antes o direito era usado para condenar, recriminar e discriminar essas
minorias, hoje ele é usado para e na defesa dessas. Até 2001 as mulheres não
tinham direitos em pé de igualdade com os homens no nosso Código Civil; desde
de o inicio do movimento feminista e até hoje as mulheres adquiriram direitos e
o Direito foi adequando- se a nova
realidade construída. E essa nova realidade não é restrita ás mulheres e nem é
fixa. Afinal, toda situação gera uma determinada reação, para a qual sempre haverá
uma reação’ e assim novas realidades, novos direitos, e sociedades repaginadas
se superam.
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