Uma das maiores críticas feitas à filosofia clássica é o fato de em quase sua totalidade buscar conhecimentos que em nada têm de utilidade prática. Crítica partilhada por Francis Bacon ao argumentar tal ato dos gregos, a “ciência como mero exercício da mente” ao invés da ciência aplicável à vida humana. Esse conhecer pelo simples fato de saber foi chamado de cultivo científico, aquele para o conforto da alma.
Em sua obra “Novum Organum”, um novo meio de busca do conhecimento é proposto. Aliado à razão introduzida por Descartes na obra estudada “O Discurso do Método”, encontra-se a experimentação. Assim, ocorre o que ele chama de regulação da mente: guiá-la fugindo do entusiasmo. Por meio da exploração e interpretação da natureza se chegaria às importantes questões e suas respostas. A chamada antecipação da mente é refutada por representar o senso comum, o que costuma barrar novas concepções.
A respeito disso ainda, dão-nos falsa percepção do nosso redor os ídolos, nossas paixões, formação pessoal, relações sociais e a própria via filosófica vigente. É preciso colocarmos de lado as próprias crenças; por mais que saibamos a dificuldade, necessita-se de neutralidade para o julgamento. Ainda de acordo com Bacon, compreender minimamente as coisas mais específicas é entender o objetivo e o pensamento divinos, e nisso consiste a verdadeira ciência.
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