A educação doméstica ou homeschooling, criticada por diversos pedagogos e por agentes do
Estado, é um tema pouco discutido no Brasil e que merece mais destaque diante
de um modelo de ensino falido na rede particular e, principalmente, na pública.
Disse Durkheim: “O indivíduo só poderá agir na
medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber
quais são suas origens e as condições de que depende. E não poderá sabê-lo sem
ir à escola”, tal frase é inconsistente diante dos bons
resultados apresentados por filhos que são educados em casa, o que é visto, por
exemplo, nos Estados Unidos e na Inglaterra onde a prática é regulamentada.
Seguindo a ideia de Durkheim a respeito dos fatos
sociais, esses são comuns a todos os indivíduos de determinada sociedade e
exercem coerção sobre essa, pois se trata de uma regra geral. Dessa maneira, é
possível a todos os indivíduos assimilarem os fatos sociais, sendo instruídos em casa ou não. No mesmo sentido,
diz o sociólogo: "Esses tipos de conduta ou de pensamento não apenas são
exteriores ao indivíduo, como também são dotados de uma força imperativa e
coercitiva em virtude da qual e impõem a ele, quer ele queira, quer não".
O filme “Capitão Fantástico” é um exemplo da situação, nesse
há o personagem Ben, pai que decide fornecer outro tipo de educação aos seus
filhos, mas que rapidamente é repreendido por familiares que não acreditavam
nesse modelo de educação e também pelo Estado. Observa-se no Brasil que mesmo
com a obrigatoriedade de matricular os filhos na rede regular de ensino presente
no artigo 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o número de famílias que
adotam a educação doméstica vem crescendo, como demonstra o infográfico a
seguir:
*Até 2 de março. **Rio Grande do Sul: dado indisponível.
Fonte: Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). Infografia: Gazeta do Povo.
(Infográfico retirado de: http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/educacao-domiciliar-ganha-forca-no-brasil-e-busca-legalizacao-7wvulatmkslazdhwncstr7tco)
Os críticos dizem que tal modelo dificulta o
desenvolvimento de habilidades pessoais das crianças, porém o que se observa é
o contrário, as que receberam educação domiciliar se desenvolvem igual ou até
melhor. Assim, fica demonstrada a assimilação dos fatos sociais pelas crianças, que podem ter uma absorção melhor
desses por terem mais contato com adultos em uma educação diferenciada.
Marco
Antonio Cid Monteiro da Silva – 1º ANO – DIREITO - NOTURNO
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ResponderExcluircoragem de escrever isso para um professor comunista da Unesp
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