Durkheim em sua teoria funcionalista quebrou com as ideias
de Comte de apenas observar os fatos e não o que possuía por traz deles. Assim,
Durkheim cria uma teoria baseada na observação dos fatos sociais como coisas,
sem desenvolver antipatia ou empatia por eles. Uma análise que vai além do indivíduo
e busca compreendê-lo através das instituições que lhe coagiram ao longo de sua
vida elucidando de que maneira um fenômeno social pode produzir outro.
Tendo em mente estes fenômenos, podemos realizar uma
reflexão através da música do Legião Urbana, Faroeste Caboclo, que elucida toda
a vida de “João de Santo Cristo” desde sua infância até sua morte. Já na sua
infância podemos notar a situação no mínimo trágica onde está inserido: tendo o
pai morto por um policial e vivendo em um lugar “temoroso”. Assim, instituições
que para grande parte da população podem parecer benéficas, como a polícia e a
escola, já eram mal vistas por ele em todo seu crescimento. A música nos leva a
refletir como seria toda a vida de “João de Santo Cristo” se estivesse inserido
em um contexto diferente. Se instituições diferentes o coagissem, será que
tantas tragédias teriam ocorrido com ele? Será que viveria da forma que viveu?
Será que morreria da forma que morreu?
Tal linha de raciocínio infelizmente é pouco vista na
sociedade atual, onde as pessoas não analisam as causas reais das atitudes
alheias. Uma ilustração clara desta situação é vista nos julgamentos. Os juízes
sentenciam de forma mecânica e não estão preocupados com as particularidades de
cada caso e nem com o contexto em que o indivíduo está inserido. Sendo assim,
as pessoas encarceradas são facilmente tachadas de monstros, mesmo após cumprirem
sua pena, revelando a incapacidade da sociedade de entender a realidade social
do país.
Brenda Schiezaro Guimaro- 1ºano Direito Diurno
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