Era primavera. O homem viu uma folha, observou que sua coloração
era esverdeada. Seria possível, essa mesma folha, ter sido marrom? Laranja?
Vermelha? Não importava naquele momento, sua cor era verde e verde era o que o
homem observava.
Poderia a folha ter sido marrom durante o outono? Existia folha
durante o inverno? Seria a folha tão verde no verão quanto a que ele via na
primavera?
No verão, a folha conseguiria um tom alegre, mas não poderia
atingir o tom vivo que era observado na primavera, a estação da vida. Durante o
outono, a folha tomaria o tom da terra, destino que é atingido no fim desta estação.
A pergunta mais complexa e intrigante para o homem era a do inverno. A resposta
era: sim, existia folha no inverno, mas ela estava coberta pela neve e estava tão
profunda que quase nunca era vista.
Primeiro ele capturou a figura da folha, absorveu seus dados
e questionou o que enxergava, indagou-se se havia algo a mais por trás da
imagem da folha. Em segundo lugar, colocou em pauta as possíveis cores que a
figura poderia assumir em todas as situações e incluiu a hipótese da inexistência
da folha. Por fim, concluiu que a folha assume estados efêmeros durante o período
anual, mas que retorna a eles de forma cíclica. O homem estava certo do que
vira e seguiu sua caminhada.
Isadora Morini Paggioro
1º ano Direito - diurno
Isadora Morini Paggioro
1º ano Direito - diurno
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