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segunda-feira, 14 de março de 2016

O Método Cartesiano

Era primavera. O homem viu uma folha, observou que sua coloração era esverdeada. Seria possível, essa mesma folha, ter sido marrom? Laranja? Vermelha? Não importava naquele momento, sua cor era verde e verde era o que o homem observava.
Poderia a folha ter sido marrom durante o outono? Existia folha durante o inverno? Seria a folha tão verde no verão quanto a que ele via na primavera?
No verão, a folha conseguiria um tom alegre, mas não poderia atingir o tom vivo que era observado na primavera, a estação da vida. Durante o outono, a folha tomaria o tom da terra, destino que é atingido no fim desta estação. A pergunta mais complexa e intrigante para o homem era a do inverno. A resposta era: sim, existia folha no inverno, mas ela estava coberta pela neve e estava tão profunda que quase nunca era vista.
Primeiro ele capturou a figura da folha, absorveu seus dados e questionou o que enxergava, indagou-se se havia algo a mais por trás da imagem da folha. Em segundo lugar, colocou em pauta as possíveis cores que a figura poderia assumir em todas as situações e incluiu a hipótese da inexistência da folha. Por fim, concluiu que a folha assume estados efêmeros durante o período anual, mas que retorna a eles de forma cíclica. O homem estava certo do que vira e seguiu sua caminhada.

Isadora Morini Paggioro 
1º ano Direito - diurno

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