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segunda-feira, 14 de março de 2016

Descartes e a humildade intelectual

Descartes e a humildade intelectual

Descartes humanamente concebe o método, método este de dúvida, categorização e bom senso, sendo que de forma parecida o apresenta: levantando, por via da duvida, a possibilidade desse método estar errado, como sabemos que é dito '' [...] é possível que eu me engane e que seja talvez um pouco de cobre e de vidro isso que eu tomo por ouro e diamantes'' (pg 29, DESCARTES, René. Discurso do Método. Col. Saraiva de bolso).
Continuando por esse caminho obviamente não chegaremos na negação dos princípios de dúvida e cautela mas sim no seu aprofundamento: se o empenho de inspeção e análise de Descartes avança nos aspectos e direções onde tece seu 'método' racionalista e crítico, ele se mostra pouco seletivo na aplicação de seu julgamento e de certa forma 'neutro' (plenificando assim seu rigor) quando, Descartes, faz essas indagações metacríticas sobre a sua crítica, levando às consequências mais honestas dos princípios e intuições filosóficas sua proposta metodicamente nada fatal e pretensiosa.
Temos que, apesar de qualquer possível miopia epistêmica, a meta-análise de uma análise ou a percepção da própria percepção amplia, nitidifica e purifica a nossa capacidade, o que valida o ato de duvidar.

(Fabio César Barbosa, 1° ano de Direito, Unesp, 14/03/2016 às 08:54)

Um comentário:

  1. Erratas:
    *Direito Noturno;
    *08:59;
    Para melhor compreensão:
    *'nossa capacidade'não, mas sim 'estas próprias';
    * 'caracteriza o ato de duvidar na sua forma plena como uma retificação do entendimento além de humildade intelectual.'.

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