Weber nos convida a
racionalizar sobre a legitimidade da classificação da sociedade moderna. O
sistema capitalista de produção influencia na formação de estereótipos sociais,
mas será que ele age exclusivamente?
A realidade social
analisada pelo pensador alemão vem “desrotular” o homem como fruto único da
visão economista. A magia, o culto aos antepassados, a oferenda aos deuses, a
divindade do soberano, o pagamento do dízimo, os credos, os rituais e a fé são
alguns dos aspectos religiosos que também moldam a conduta humana em seu meio
social. Isso sem considerar os valores culturais, os costumes e as emoções
características da raça humana. Todos esses fatores influenciam na formação de
sua individualidade.
Se na própria ciência tecnológica
médica moderna é possível concluir que ninguém é idêntico ao outro, seja pela
digital, pelo DNA ou outros aspectos físicos, não se pode afirmar que o homem
perde a sua identidade pelo sistema econômico vigente.
A generalização não
traduz por completo quem realmente são os membros que a compõem. A personalidade
e o caráter íntimo de cada um é que formam o verdadeiro homem social, pois
complexa e multifacial é a sua realidade sociológica. Assim, a sociologia para
Max Weber não pode somente se fixar na perspectiva nomológica, em
posicionamentos políticos ou econômicos, ela deve ser a ciência da realidade da
ação social, para se compreender, para se tornar a crítica do mundo, no mundo,
sobre o mundo.
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