Max Weber, considerado um dos fundadores da Sociologia,
viveu em um período de grandes disputas sobre a metodologia das ciências
sociais que começavam a surgir na Europa. Weber utilizou de um diferente
recurso metodológico para tentar se aproximar cada vez mais da realidade,
visando a percepção sociológica como um
meio e não como um fim. Para ele, a realidade significava algo tão complexo e
multifacetado que ao partir de leis gerais para se chegar à realidade, isto é,
a compreensão sociológica da ação individual, perdia-se todo o domínio do
conhecimento.
Weber entendia a Sociologia como sendo uma ciência da
realidade; dessa maneira, a investigação de seu objeto de estudo, o sujeito
social, tinha tal finalidade a proporcionar. Para tanto, considerava que ao
analisar entes coletivos, devia-se levar em consideração e como foco do estudo
a ação dos indivíduos. Essa, portanto, seria a função essencial da Sociologia:
compreensão do sentido da ação social.
Sendo o objeto de estudo apenas um fragmento da realidade,
Weber desenvolveu uma ferramenta metodológica, para entender os fenômenos
sociais, denominada tipo ideal. Esse
meio de análise é feito a partir da escolha pelo cientista social dos aspectos
considerados mais relevantes da ação do indivíduo. Ou seja, se Weber fosse analisar um
determinado grupo , por exemplo os moradores de rua, escolheria os principais elementos
de um tipo ideal para avaliar o
grupo. Dessa forma, poderia fazer os seguintes levantamentos desses elementos:
indivíduos marginalizados, criminalizados pela sociedade, portadores de problemas
físico-psiquícos, desamparados socialmente etc. A partir desses aspectos, Weber
acredita que se possa chegar ao domínio do conhecimento e da realidade, a partir
da compreensão sociológica da ação individual.
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