Grande sociólogo, Max Weber propõem a sociologia que estuda a sociedade através dos seus indivíduos e não de suas estruturas, de forma a estar ligada à realidade. As ações dos indivíduos passam a ter um grande valor e cabe ao sociólogo observá-las e compreendê-las. Dessa forma, até mesmo entes coletivos, como o Estado, são estudados na sua forma individual, porque são formados por indivíduos que tomam decisões. A forma de agir de cada indivíduo é chamada de “ação social” e o bom cientista é aquele que para estuda-las compreende mesmo que elas não o agradem.
Através desse método de estudo, percebe-se que o indivíduo mantem relações diferentes em cada situação e lugar. Os seus valores são mutáveis, age diferente na sociedade com personalidades diferentes dependendo de seus interesses e vontades. Por isso a importância exaltada da compreensão da ação social e seus objetivos de uma forma independente, sem leis fixas. Essas opiniões e mudanças não cabem julgamento dos cientistas, para uma análise crítica da sociedade é necessário somente à compreensão.
Para entendê-las, o cientista usa da comparação com aquilo que é ideal. O ideal faz parte da imaginação do cientista, mas não é idealizado. Ele serve de referência para comparar com outros indivíduos, tornando a análise mais completa.
Weber se apoia muito na forma de agir dos indivíduos, que são mutáveis de acordo com suas ideias e com os espaços para se incluir na sociedade. Define de modo geral , quatro formas de classificação da ação social, mas contando com a espontaneidade dos indivíduos e seu poder de surpreender, é difícil que eles ajam seguindo uma só forma ou um só valor. Os valores e ideias podem se associar para um objetivo: um costume associado a uma paixão por exemplo. Tal situação realça mais ainda a importância da imparcialidade do cientista. Por tal efeito, o cientista apenas interpreta compreensivamente as ações sociais.
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