Max Weber produz uma crítica ferrenha ao método adotado por Karl Marx para a explicação de fenômenos sociais.
Para ele, reduzir a sociologia ao estudo de acontecimentos econômicos na História, é utilizar de um preconceito obsoleto. Weber acrescenta ainda, que a "concepção materialista da história" só subsiste nas mentes de leigos ou diletantes (entusiastas, pessoas apaixonadas pelo assunto). Esse texto foi escrito no início do século XX, mas o "preconceito obsoleto", ao qual Weber faz referência, esteve presente na revolução comunista chinesa, que reduziu a homossexualidade a uma perversão capitalista.
Quando da criação da República Popular da China em 1949, a homossexualidade tornou-se ilegal. O regime comunista perseguiu duramente os homossexuais, especialmente durante a Revolução Cultural. Os líderes comunistas chineses consideravam a homossexualidade uma prática contra a revolução que devia ser eliminada da sociedade. Embora não houvesse uma lei específica que enquadrasse a homossexualidade como um crime, os acusados de práticas homossexuais eram
condenados a penas severas, incluindo a pena de morte. A homofobia do regime também foi imposta pelas políticas sociais de casamentos forçados.
Ou seja, os comunistas, em 1949, continuavam empregando o materialismo histórico para analisar os fatos sociais, como um dogma, uma verdade que engloba tudo que acontece na sociedade, inclusive a questão homossexual.
Por incrível que pareça, esse tipo de análise se perpetua até nos dias atuais. Na internet, há vários textos dizendo que os homossexuais seriam consumidores perfeitos, e que o incentivo a tal prática sexual estaria na agenda capitalista, tal qual o aborto.
Esse pensamento é baseado na estatística de que consumidores homossexuais consomem cerca de 30% mais que heterossexuais. Bastou esse número, para que os leigos e diletantes se apegassem à questão econômica para explicar o avanço da população homossexual, deixando de lado outros fatos importantes como a liberdade e o enfraquecimento da influência das religiões sobre as pessoas.
Weber criticou o método de Marx há 100 anos atrás e continua completamente atual. O marxismo é uma teoria encantadora para nós, estudantes das Ciências Humanas. Talvez tenhamos que nos policiar para que nosso pensamento não seja dirigido a enxergar tudo como causa econômica. Uma de nossas obrigações enquanto profissionais do Direito é que nossa visão acerca dos problemas sociais seja muito mais ampla.
Fonte das estatísticas: empresas e CENSO GLS – Instituto de Pesquisa e Cultura GLS (www.censogls.com.br)
Luiz Antônio Dias de Azevedo Júnior - 1 ano Direito Noturno.
Para ele, reduzir a sociologia ao estudo de acontecimentos econômicos na História, é utilizar de um preconceito obsoleto. Weber acrescenta ainda, que a "concepção materialista da história" só subsiste nas mentes de leigos ou diletantes (entusiastas, pessoas apaixonadas pelo assunto). Esse texto foi escrito no início do século XX, mas o "preconceito obsoleto", ao qual Weber faz referência, esteve presente na revolução comunista chinesa, que reduziu a homossexualidade a uma perversão capitalista.
Quando da criação da República Popular da China em 1949, a homossexualidade tornou-se ilegal. O regime comunista perseguiu duramente os homossexuais, especialmente durante a Revolução Cultural. Os líderes comunistas chineses consideravam a homossexualidade uma prática contra a revolução que devia ser eliminada da sociedade. Embora não houvesse uma lei específica que enquadrasse a homossexualidade como um crime, os acusados de práticas homossexuais eram
condenados a penas severas, incluindo a pena de morte. A homofobia do regime também foi imposta pelas políticas sociais de casamentos forçados.
Ou seja, os comunistas, em 1949, continuavam empregando o materialismo histórico para analisar os fatos sociais, como um dogma, uma verdade que engloba tudo que acontece na sociedade, inclusive a questão homossexual.
Por incrível que pareça, esse tipo de análise se perpetua até nos dias atuais. Na internet, há vários textos dizendo que os homossexuais seriam consumidores perfeitos, e que o incentivo a tal prática sexual estaria na agenda capitalista, tal qual o aborto.
Esse pensamento é baseado na estatística de que consumidores homossexuais consomem cerca de 30% mais que heterossexuais. Bastou esse número, para que os leigos e diletantes se apegassem à questão econômica para explicar o avanço da população homossexual, deixando de lado outros fatos importantes como a liberdade e o enfraquecimento da influência das religiões sobre as pessoas.
Weber criticou o método de Marx há 100 anos atrás e continua completamente atual. O marxismo é uma teoria encantadora para nós, estudantes das Ciências Humanas. Talvez tenhamos que nos policiar para que nosso pensamento não seja dirigido a enxergar tudo como causa econômica. Uma de nossas obrigações enquanto profissionais do Direito é que nossa visão acerca dos problemas sociais seja muito mais ampla.
Fonte das estatísticas: empresas e CENSO GLS – Instituto de Pesquisa e Cultura GLS (www.censogls.com.br)
Luiz Antônio Dias de Azevedo Júnior - 1 ano Direito Noturno.
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