Max Weber inova na análise sociológica ao estudar a dinâmica da sociedade por meio das ações dos indivíduos e, principalmente, pelos motivos dessas ações sociais, refutando a existência de leis definidas capazes de enquadrar a sociedade completamente. Além disso, Max Weber usa a economia de forma divergente àquela empregada por seus antecessores no campo da sociologia.
No início da análise da sociedade, o sociólogo atribui a cada indivíduo e às suas ações a constante mudança nas conjunturas da época. A função da sociologia será estudar o que influenciou ou motivou os indivíduos a agirem do modo que o fazem, levando em consideração tanto a economia como os valores políticos, religiosos e culturais que permeiam a vida cotidiana, muitas vezes silenciosamente. Ele divide as ações em quatro categorias e a partir delas percebe as diretrizes das ações sociais.
Max Weber ainda faz, em suas bases sociológicas, uma crítica ao materialismo histórico defendido por Marx, considerando a análise econômica pregada como um dogma típico da religião, na qual as crenças não possuem embasamento racional e científico e, por isso, retardam o processo de compreensão sociológico ao aceitar formulações genéricas acerca da realidade e ampliar a economia a todos os aspectos da vida; tudo teria sua resposta na economia. Ele não rejeita, porém, a influência da economia na sociedade, apenas defende que seja limitado seu uso como explicação geral. Propõe, pois, a união dos aspectos culturais e sociais às conjunturas econômicas quando da investigação do fenômeno da ação social.
Ademais, Max Weber utilizava o método comparativo também em suas análises. Criava o objeto ideal, como deveria ser, e compara com o real, existente. Pretendia, assim, fugir de generalizações como, por exemplo, as atribuições valorativas aos operários da época. O operário, na visão característica e idealista, seria um sindicalista assíduo, que têm seus ideais evidenciados mesmo por sua aparência. No âmbito da comparação com a realidade, percebe-se que o operário não comparecia com as reuniões do sindicato e ainda se esforçava para se adequar aos padrões de vestimentas evidenciados na época. Tendo por base esse esquema comparativo, o sociólogo seria capaz de ver com mais precisão os agentes sociais como realmente se configuravam.
Em suma, Max Weber introduziu a relativização de todos os aspectos sociais às conjunturas gerais. Esse fato ainda hoje possui influencia, a título de exemplificação, nos julgamentos realizados. Dependendo da ideologia do juiz, weberiana ou positivista, o ocorrido poderá ser relativizado à situação na qual se encontrava o infrator e aos fatores que o influenciaram a cometer tal infração; ou o ato pode ser simplesmente tomado por si só, provindo exclusivamente do arbítrio de quem o praticou. Assim, a sociologia progrediu na compreensão da sociedade por seus valores predominantes, tendo com Max Weber seu expoente.
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