René Descartes construiu com seu método a base da ciência moderna. Revolucionando a ciência e a filosofia de sua época, refutou todo e qualquer “conhecimento sobrenatural” e seu método baseou-se, sobretudo, na razão.
Um dos principais pontos do seu método estava na desconfiança. Era necessário desconfiar de tudo que o pudesse afastar da razão. Para Descartes era preciso esgotar todos os recursos que pudessem tornar a idéia ou o conceito a ser apreendido como falso, para assim ter clara a idéia de que o que se estava a analisar era verdadeiro ou não. Em outras palavras, o filósofo buscava a verdade, agindo exatamente ao contrário, falseando tudo que pudesse gerar dúvidas, ficando apenas com o incontestável.
Para se conseguir sempre utilizar da razão, Descartes utilizou como base a clareza com que se podia enxergar/entender as coisas, como por exemplo, em sua máxima “penso, logo existo”, como não tinha outra forma de entendê-la como verdadeira senão apenas o fato de que o via com clareza. Segue daí também a dificuldade de se distinguir aquilo que é claro e verdadeiro, sendo necessário sempre se analisar com base na razão.
Descartes deixa claro a partir disso que não se deve confundir a razão com os nosso sentidos ou imaginação, utilizando-se do exemplo de que podemos enxergar e perceber claramente o sol quando o vemos no céu, mas nem por isso devemos presumir que o seu tamanho seja aquele. Além disso, embora Descartes seja um filósofo inovador tentando basear sua ciência apenas na razão, sempre também acreditou em um Deus – o ser perfeito. Neste diapasão, podemos dizer também que se trata de uma ciência que unia a fé e a razão, apesar de se dar um grande salto com relação às filosofias antigas.
Por fim, Descartes mostrou como a ciência deve agir ao bem geral dos homens, servindo como base na dominação da natureza utilizando-se do conhecimento, servindo seu legado como aprendizado até hoje.
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