Francis Bacon apresenta e defende, em seu livro “Novum Organum” o método empírico de fazer ciência. Para ele, a produção cientifica até então, século XVI, havia sido fruto ou do acaso ou da combinação de descobertas anteriores - “Mesmo os resultados até agora alcançados devem-se muito mais ao acaso... Com efeito, as ciências que ora possuímos nada mais são que combinações de descobertas anteriores...”. O homem ainda não havia buscado auxilio para sua mente na tarefa de interpretar a natureza, ao invés disto, ficava a admirar o grandioso intelecto humano e sua capacidade racional. Ficavam todos, os considerados produtores de ciência, na atividade de contemplação e observação, característicos da filosofia tradicional, e não se dedicavam a pesquisa e experimentação, a fim de produzir conhecimento. Isto, na opinião de Bacon, foi o responsável por nunca haver tido grandes descobertas na humanidade até então.
O caminho certo pelo qual todos estudiosos deveriam recorrer na ciência é aquele onde o homem usa ferramentas para guiar a sua mente na missão de interpretar o mundo e de descobrir a verdade, utilizando-se, principalmente, da experimentação e da coleta de dados – “recolher os axiomas dos dados dos sentidos e particulares... Este é o verdadeiro caminho, porém ainda não instaurado”.
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