Ele deixa claro no discurso que seu objetivo é mostrar como se esforçou para conduzir seu estudo, o que poderia ser útil para muitos conduzirem um de própria autoria.
Decepcionado com o estudo tradicional de sua época, Descartes mostra-se mais comprometido a reconhecer a razão do que aceitar o “sobrenatural”, o conhecimento concebido pelo hábito, e não pela lógica.
Valorizando a razão, René defende que, para chegar até ela, é necessário, primeiramente, duvidar das coisas que já foram ditas sem um propósito fundamentado. Concluiu-se então que a duvida no faz enxergar a clareza, e que a clareza nos permite ver a verdade.
O filósofo argumenta que a presunção deve ser deixada de lado para então partir de um estudo mais simples do objeto, e depois, com o tempo, levá-lo à complexidade.
Descartes dá um valor tão importante ao estudo das ciências e à ciência em si, que a destaca como de extrema importância para o “bem do homem”, favorecendo, com isso, a importância de compartilhá-lo com os outros. Ele também parte do princípio que o conhecimento mais profundo da natureza é um meio para usufruir de seus benefícios, de “possuí-la”.
Da mesma maneira que a medicina se mostra importante para a saúde física das pessoas, o estudo das ciências humanas e matemáticas mantêm a saúde do espírito e equilibra o corpo e alma. O ponto fundamental, portanto, é manter uma comunicação e haver uma coletividade entre todas as ciências.
Descartes, por fim, destaca a importância do estudo individual, mostrando o perigo que há em partir de um conhecimento não próprio para desenvolver um estudo e também de transmitir um conhecimento alheio para outra pessoa, já que as probabilidades de se haver falhas e más interpretações durante a transição são grandes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário