Segundo o dicionário, legitimidade pode obter o significado
de “em conformidade à lei”, pensando nisto, e também no conceito weberiano de “Sociologia
compreensiva”, gostaria de aplicá-los ao conteúdo do livro “Racismo Estrutural”
de Silvio Almeida.
No subcapítulo “Raça e Legalidade”, Almeida nos apresenta
diversos casos racistas partidos de instituições políticas, um exemplo seriam
as medidas extremistas da corte dos EUA como em 1987 sobre a proibição de
alegações de racismo em condenações criminais. Com isso, pode-se concluir que o
racismo, mesmo sendo um problema inadmissível a ser combatido, continua sendo
legitimado pelos seres humanos que compõem as principais instituições do Estado.
Ademais, segundo o ideal de “ação social” apresentado por Max
Weber, toda ação social parte da mobilização de princípios e valores de um
determinado grupo, o que demonstra que tais escolhas para uma “renovação da
segregação racial” partem de seres com ideais racistas, que são aplicados (de
forma autoritária) através de normas e políticas públicas sob a população.
Além disso, Weber desenvolve a ideia de que a figura do Estado
representa a população a ser dominada. Portanto, se o Estado e suas
instituições compartilham preconceitos raciais, logo, necessariamente, revela também
os ideais do meio social, levando-nos ao pensamento de um racismo estrutural e
ainda intrínseco à sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário