Maria Luiza Fernandes Campos. Primeiro ano Direiro
Poder e Racismo
A obra O que é Racismo Estrutural, de Silvio Almeida, evidencia que o racismo está inserido nas instituições sociais, sendo ele um pilar da organização da vida em sociedade, assim como visto também no Brasil, onde a desigualdade racial ultrapassa atitudes individuais e configura um problema estrutural. Esse cenário pode ser melhor entendido por meio de Weber e seu conceito de poder sociológico, que define a capacidade de impor sua própria vontade, apesar da resistência. Esses dois conceitos interligados permitem entender a dominação racial e como ela é mantida por estruturas sociais desde sempre.
Aos olhos de Weber, o poder é mais eficiente se visto como legítimo pelo povo. De acordo com Silvio Almeida, o racismo brasileiro é naturalizado em instituições-base, como a educação, o sistema judiciário e o mercado de trabalho, perpetuando a exclusão social dos pretos. Essa desigualdade é mascarada por discursos meritocráticos, que ignoram os desafios históricos enfrentados por esse grupo; a manutenção dessa crença mostra como o poder funciona de maneira estrutural, moldando as relações sociais e dificultando o dia a dia dos grupos racializados.
Em segundo plano, o racismo estrutural ainda está presente na sociedade pela ausência de políticas públicas eficazes. O filme Medidas Provisórias mostra como a exclusão social é algo institucionalizado, revelando o papel do Estado e da sociedade na sustentação dessa crença. A falta de diversidade em espaços de decisão é um reflexo da dominação que se perpetua por meio de instituições que legitimam as desigualdades.
Conclui-se, assim, que é necessário
combater o racismo estrutural a partir da atuação conjunta do Estado e da sociedade, com maior inclusão de negros, valorização da cultura desses e a garantia de que as práticas discriminatórias sejam sancionadas. Dessa maneira, será possível enfraquecer o racismo estrutural e promover a igualdade para todos.
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