Positivismo. Naturalismo. O Cortiço. Ao se pensar na história brasileira, nota-se a singularidade desses três elementos, duas correntes filosófica e uma literatura clássica, em como seu modo de agir são categoricamente de um pensamento científico de exatas. Entretanto, pertencem às ciências humanas. Sendo assim, o Positivismo de Auguste Comte criado no século XIX deu início a metodologia do estudo sociológico, entendimento do comportamento social, e determinou que a ciência era o último estado primordial para o progresso humano.
Tendo em vista esse conjunto
de pensamento positivista, entende-se que a ciência era incontestável, logo,
ordenou-se sua submissão e aceitação a ordem natural. Entretanto, baseando-se nesse
raciocínio, pode-se notar os fatos históricos mundiais do século XIX, no qual,
baseado na ciência daquele período, justificaram a escravidão na falácia que os
negros não era uma raça que atingiu a evolução, portanto, surgiu a “missão civilizadora”.
Desse modo, é visto que a corrente positivista foi propulsora e motivadora da
corrente naturalista, assim, compreende-se que não havia espaço para o
questionamento social, humano e ético.
Ademais, no Brasil, houve e
existe marcas, na sociedade, do pensamento retrógrado positivista, pois ao analisar
a sociedade, vê-se presente obras dessa filosofia. Conforme a obra de Aluísio
Azevedo, o Cortiço, mostra como a população negra, situada especificamente no
Rio de Janeiro, lugar onde continha o maior número de negros, era retratada pela
própria sociedade de maneira pejorativa e animalesca, como por exemplo, na
apresentação da personagem Isaura: “mulata ainda moça, moleirona e tola”. Portanto,
era incontestável, tendo em vista que a ciência disse que eles não eram pessoas
plenas, logo, nota-se como o positivismo influenciou de maneira danosa uma
etnia inteira.
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