Trezentos e oitenta e oito anos de escravidão. Passados mais de cem anos desde a assinatura da lei áurea, as marcas da falta de humanidade permanecem no consciente do brasileiro por meio de diversas violências direcionadas a pessoas que até hoje são vítimas da falta de igualdade material.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
Total de visualizações de página (desde out/2009)
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
Direito de igualdade
Dessa forma, faz-se
necessário compreender que quando os processos que levaram ao
abolicionismo ocorreram, não foram acompanhados, por parte do governo,
de medidas que se dispusessem a inserir o povo preto numa sociedade
igualitária, sendo então, colocados a margem da sociedade e agora a
escravidão passava a ser de um povo que sofria com a miséria, sem
atenção do governo, não conseguindo ocupar os altos cargos ou conseguir
ter acesso à universidade , além do racismo por parte da sociedade.
Sendo assim, foi imprescindível a criação da lei de cotas raciais,
pois é um meio formal de atingir a igualdade material, podendo
finalmente ser possível encontrar diversidade étnicas e sociais nos
diferentes espaços e, se tratando de cotas raciais, finalmente no espaço
universitário.
Segundo o filósofo Bourdieu,
no espaço dos possíveis teria um conflito entre todo o discurso
meritocrático proferido, sobretudo, por uma classe média brasileira
insatisfeita e que se sente ameaçada pela possibilidade de se
aproximarem socialmente das camadas sociais inferiores e a vontade de
alguns de lutar pela igualdade material independente de etnia.
Fica claro, portanto, que a lei de cotas raciais é imprescindível
nesse movimento lento de mudar todo um pensamento social racista e
finalmente conseguir incluir essas pessoas nesses espaços. Cota é
direito. Cota é reparação histórica. Cota não é esmola.
Aluna: Larissa Cristina Ferreira Melo - Noturno
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário