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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Direito de igualdade

 Trezentos e oitenta e oito anos de escravidão. Passados mais de cem anos desde a assinatura da lei áurea, as marcas da falta de humanidade permanecem no consciente do brasileiro por meio de diversas violências direcionadas a pessoas que até hoje são vítimas da falta de igualdade material.

       Dessa forma, faz-se necessário compreender que quando os processos que levaram ao abolicionismo ocorreram, não foram acompanhados, por parte do governo, de medidas que se dispusessem a inserir o povo preto numa sociedade igualitária, sendo então, colocados a margem da sociedade e agora a escravidão passava a ser de um povo que sofria com a miséria, sem atenção do governo, não conseguindo ocupar os altos cargos ou conseguir ter acesso à universidade , além do racismo por parte da sociedade.
       Sendo assim, foi imprescindível a criação da lei de cotas raciais, pois é um meio formal de atingir a igualdade material, podendo finalmente ser possível encontrar diversidade étnicas e sociais nos diferentes espaços e, se tratando de cotas raciais, finalmente no espaço universitário.
       Segundo o filósofo Bourdieu, no espaço dos possíveis teria um conflito entre todo o discurso meritocrático proferido, sobretudo, por uma classe média brasileira insatisfeita e que se sente ameaçada pela possibilidade de se aproximarem socialmente das camadas sociais inferiores e a vontade de alguns de lutar pela igualdade material independente de etnia.
       Fica claro, portanto, que a lei de cotas raciais é imprescindível nesse movimento lento de mudar todo um pensamento social racista e finalmente conseguir incluir essas pessoas nesses espaços. Cota é direito. Cota é reparação histórica. Cota não é esmola.

Aluna: Larissa Cristina Ferreira Melo - Noturno

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