Não esperava que a essa altura do século XXI tivesse que travar batalhas já travadas por homens e mulheres desde a Idade Média.
PEÇO SINCERAS DESCULPAS pelo texto de teor homofóbico que constou do blog do dia 06/10 até às 19h40 de segunda-feira, 10/10. Imerso em inúmeros afazeres acadêmicos, não tenho como controlar em tempo real o conteúdo das postagens. Ainda que tenha tomado conhecimento do texto no início da tarde do dia 10/10, esses mesmos afazeres me impediram de ler com atenção e tomar a decisão de excluí-lo. Não poderia responder a uma opinião intolerante com uma reação imponderada.
O blog, assim como o professor que o coordena, respeita a liberdade religiosa e a liberdade de expressão, mas não compactua com a visão de que essas possam servir para a desumanização, para a inferiorização, para a estigmatização de alguém. Democracia não é isso. A religião não pode servir de justificativa para a negação do existir do outro ou atribuição de qualidade ilegítima a essa existência.
É possível se religar ao plano não-terreno sem negar a humanidade do outro. Aliás, em qualquer religião o amor fraternal é condição para estar em comunhão com a natureza superior que, para aqueles que creem, governa o mundo. Assim, negar a legitimidade de qualquer existência é negar o princípio mesmo de toda religião.
O caso será encaminhado para a Comissão Local de Direitos Humanos. Por isso, rogo à XXXIX Turma de Direito da UNESP que o julgamento do caso esteja ao encargo institucional. Em tempos trevosos, conclamar as instituições a agir é a melhor maneira de evidenciar sua imprescindibilidade.
Prof.
Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa –
Professor Associado/DECSPP
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