Para Weber
a sociologia é “Uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação
social e assim explicá-la em seu curso e seus efeitos”, bem como a compreensão
dos valores movem a ação dos indivíduos. Desse modo o indivíduo ocupa lugar
central na análise weberiana, em que a compreensão da sociologia deve levar em conta,
que mesmo quando se trata de analisar entes coletivos o foco se mantém na ação
dos indivíduos. Desse modo se difere de Durkheim, ao considerar que são às
ações individuais que devem ser estudadas e não os fatos sociais reincidentes. Contudo
a multiplicidade de conexões se funde resultando na cultura.
A ação
social ou “condução da vida” deve ser sempre orientada em relação ao outro,
desse modo a ação social relacionada ao outro faz com que se dê a relação
social. A ação social é determinada por uma mobilização de valores, o que
implica no fato de o “indivíduo decidir com sua própria consciência e
cosmovisão pessoal”. Sendo assim a ação social representa a incidência de
estímulos externos sobre o modo de conduzir a vida, surgindo assim um cenário de
instabilidade permanente em que se faz importante a legitimidade que se
caracteriza como a aceitação diante da dominação; a dominação pode se
apresentar de modos distintos a exemplo da dominação legal que se dá através
dos meios legais, a dominação tradicional que se justifica pela tradição e a
dominação carismática que é exercida através de indivíduos carismáticos.
Weber vê o capitalismo como ideal o qual promove
a racionalização do trabalho e do dinheiro, sustentado pela prosperidade e
capacidade de gerar dinheiro. A vida política e social tende a se equilibrar
nas garantias oferecidas pela legitimidade, considerando que todos procuram
despertar e cultivar a crença em sua legitimidade. Nesse sentido o direito é visto
como expressão da racionalização do poder e da dominação.
Clara Letícia Zamparo
Direito 1° ano - Matutino
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