E
então ele desceu do monte, após ter contato com seres estelares e trouxe
consigo, “A teoria da terra convexa”. Após a “iluminação”, Urandir Fernandes de
Oliveira iniciou sua jornada científica em busca de validar as teorias
divulgadas pelo ET Bilú.
Embora
o supracitado guarde alguma semelhança com a sinopse de um enlatado do
streaming, a história é real, e preocupante. Após a publicação de alguns de
seus trabalhos, Urandir e seu instituto de pesquisas, Dakila, já colecionam
diversas condecorações e alguns aportes públicos destinados à divulgação de sua
ciência, Lilarial. O que até então era algo empiricamente comprovado, o formato
da terra, foi questionado, sendo este apoiado pelo povo, por meio de seus representantes,
os deputados da ALMS.
Então,
o razoável, o fato da terra ser redonda, passa a ser questionado, com
ferramentas que encontram sua validade dentro de um meio controlado “Ciência Lilarial”
e com os resultados validados dentro desse sistema, uma hipótese que tivera
sido descartada por Pitágoras em VI A.C volta à tona.
A
derrocada de teorias como a da terra plana, ou então o movimento antivacina,
mostra que a razão que rege parte da sociedade não é a que Descartes, e Bacon pregavam, pois, a aceitação de teorias sem
embasamento é fruto de um contínuo desapreço pela ciência e por como a mesma é
feita, desapreço esse que hoje se manifesta por meio de falas dos governantes e
também pelo sistemático desmonte da educação pública no Brasil.
Portanto,
fica possível notar que a sociedade é em parte orientada por uma visão deturpada
pela falta de vontade de buscar o saber, visão essa que oprime a comunidade científica,
pois à acomodação da sociedade perante a absorção do conhecimento abre espaço
para que teorias infundamentadas, mas com explicações aparentemente simples, o
teste da régua na linha do mar, sejam aceitas e replicadas, tornando-se assim
algo semelhante à verdade para os indivíduos de determinado grupo.
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