A relação
homoafetiva no Brasil ainda é um tabu, infelizmente a discussão deste assunto
continua sendo considerado um absurdo em determinados ambientes. Enquanto que
nos corredores da faculdade pública, na Avenida Paulista ou em praças do centro
paulistano é habitual ver casais homossexuais, mulheres demonstrando carinho,
homens se beijando, apenas expressando o amor que qualquer ser humano sente.
Contudo, nos
jantares de família, nas ruas do bairro, nos bares e pubs do país, qualquer
menção ou insinuação à atitudes consideradas de “viado” ou “sapatão”, são
encarados com duras represálias, somado a isso as agressões saem impunes pelos
departamentos que se julgam aptos a proteção “do povo”. E o silêncio da justiça
sob tais atos legitima estas ações agressivas, expondo a hipocrisia e a
violência baseado em argumentos rasos, sem qualquer fundamento ou lógica,
afinal o ódio por si só já é irracional.
Quando
mulheres lésbicas sofrem de estupro “corretivo” para “curar” sua sexualidade, homens
ao andar de mãos dadas se torna um verdadeiro ultraje a moral e os bons
costumes, num país onde uma pessoa é morta a cada 25 horas por homofobia, levando
em conta que estes crimes ocorrem muito antes da ditadura de 64, quando a
sexualidade ditava sua vida ou morte. Já era tempo do STF discutir o mínimo dos
direitos a esta parte da população que é morta e ainda serve como
entretenimento em programas de TV e piadas homofóbicas do facebook e grupos do
whatsapp.
O STF como
detentor do poder legal para determinar a união estável entre casais
homoafetivos foi de extrema importância mas não o suficiente, pois há uma série
de direitos que não são reconhecidos ao movimento LGBT, como as lésbicas que
tem o direito a saúde negado pelo Estado, por exemplo, não há qualquer método
de prevenção a DSTs para mulheres lésbicas.
O
reconhecimento dos órgãos legais são urgentes para combater violências no meio
social, que são inaceitáveis e mantêm a sociedade instável. Lembrando que este
reconhecimento foi conquistado por meio da luta de um coletivo com um objetivo.
E o reconhecimento do STF abre margem para a maior inserção deste grupo na
sociedade.
Alexandra de Souza Garcia 1°ano/noturno
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