Conforme a teoria do reconhecimento de Honneth, as
conquistas são provenientes de um desrespeito gerado dentro do convívio social.
A partir do momento que um individuo se vê em condição desigual em relação a
outro, este sente-se prejudicado, e busca através de lutas emancipatórias a
condição de igualdade e de auto-realização. As conquistas das lutas
emancipatórias são fortalecidas cada vez mais por novas lutas emancipatórias. Honneth
baseia-se em três princípios de reconhecimento; primeiramente o reconhecimento
do amor, o núcleo fundamental de toda a moralidade, sendo base da autoconfiança
e base das relações sociais, desenvolvendo desta forma o autorrespeito e, fornecendo
a autonomia necessária para a participação da vida pública. A segunda forma de
reconhecimento é do direito, o reconhecimento jurídico se dá quando o indivíduo
é reconhecido como membro ativo da comunidade; o direito deve se geral, deve
levar em consideração todos os interesses de todos da sociedade. A terceira
forma de reconhecimento é da solidariedade, ou seja, deve haver uma integração
social entre valores e objetivos, gerando a autocompreeensão social. A teoria do reconhecimento de Honneth, pode
ser vista pela decisão do Superior Tribunal Federal, que reconheceu, no ano de
2011, a união estável homoafetiva, o qual garante que o casal homoafetivo pode
registrar em cartório sua união; bem como desfrutar os direitos concernentes de
qualquer união estável, ou seja, os companheiros poderão requer pensão,
estabelecer regimes de bens, sucessão de heranças, requerer benefícios
previdenciários e realizar adoção conjunta. Essas conquistas de direitos e
deveres são frutos de diversas lutas por reconhecimento de igualdade. A união
homoafetiva foi uma aclamação de pessoas que buscavam o reconhecimento entre
seus iguais, principalmente o reconhecimento jurídico; e também o
reconhecimento de solidariedade da sociedade para que houvesse integração
social.
1° Direito - Noturno
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