A
Revolução Capitalista, na transformação da indústria, iniciada por meio da cooperação
simples e da manufatura cujo princípio é a concentração dos meios de produção,
até então dispersos, em grandes oficinas, com o que se convertem de meios de
produção sociais, metamorfose essa que não afeta, em geral, a forma de troca.
Ficam de pé as velhas formas de apropriação, entretanto aparece o Capitalismo. Assim, em sua qualidade de proprietário dos
meios de produção, apropria-se também dos produtos e os converte em
mercadorias. A produção transforma-se num ato social; a troca e, com ela, a
apropriação continuam sendo atos individuais. O produto social é apropriado
pelo capitalista individual. Contradição fundamental, da qual se derivam todas
as incoerências em que se move a sociedade atual e que a grande indústria
evidencia claramente.
Primeiramente, temos de definir que o
proletariado tem de se identificar como tal, parece uma bobagem, mas as
transformações ocorridas após as grandes revoluções, Francesa e Industrial,
fizeram com que o homem mudasse suas relações com o principal bem, que é
intrínseco historicamente, no caso, o trabalho. Com o surgimento do Capitalismo,
as ideologias produzidas por essa nova fase na vida do homem vão transformá-lo
também em uma mercadoria, pois a partir do aparecimento do Capitalismo, o homem
vende sua força de trabalho e passa a ser incorporado à mercadoria, a burguesia,
que detém os meios de produção, compra a força de trabalho e se apropria do
excedente produtivo, transformando o trabalhador em uma peça dessa engrenagem
produtiva. Sendo assim, o “proletariado existe porque luta,” identificando seu
principal valor e se apropriando da sua importância no processo produtivo ele
se identifica como proletário, ele considera que a força do seu trabalho é que
é responsável pela produção da
mercadoria e, sem ela, a cadeia produtiva não avança, o proletário também
enxerga que existe uma divisão e quanto a quem produz e quanto a quem é o dono
dos meios de produção. Neste momento, começa a se pensar na divisão social do
homem e isso se chama divisão de classes; proletário que vende sua força de
trabalho e a burguesia, que é dona dos meios de produção.
A
burguesia, ao longo dos séculos, cria mecanismos cada vez mais eficazes de apropriação
do excedente produtivo. A mais valia, para o capitalista, é o motor precursor
para se criar novas ideologias e cada vez mais afastar o homem do seu bem
inerente: o trabalho. A alienação e o fetichismo têm o papel de dar um novo
significado para o consumo de mercadorias, já que antes o valor embutido na
mercadoria era o de uso e de troca. Com a criação da mais valia, necessidade de
se pensar a mercadoria como um bem de uso, de venda e de “status”, cria-se a
necessidade cada vez mais de consumo.
O
trabalhador que se identifica como proletário sabe que nas suas mãos, “nem uma
lâmpada se acenderá, se não houver a mão de um trabalhador envolvido”. A grande
questão é que ao longo dos tempos, o Capitalismo vem criando mecanismos de
coesão, o próprio aparecimento de uma Ciência que estuda a vida em sociedade, a
“Sociologia”, no século XIX, traz consigo questionamentos e necessidades desta
nova sociedade, pensadores como Auguste Comte e Émile Durkheim trarão em seus
estudos revelações de como essa nova sociedade terá de se comportar em relação
ao homem e ao trabalho e das relações dos próprios homens em sociedade.
Destarte, seus ensinamentos serão de grande utilidade para a manutenção e
aprofundamento do capitalismo no mundo.
Luciana Molina Longati - Turma: XXXIV - Noturno
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