Punição
e justiça com as próprias mãos
O funcionalismo de Durkheim é a
busca da função do fato social. À
essa utilidade que determinado fato
social cumpre em uma sociedade, é dado o nome de causa eficiente.
Um exemplo de causa eficiente é a punição do Direito Penal. Sua função não é
apenas responder à um delito, reprimir o indivíduo que cometeu tal ato, mas
recompensar a sociedade, como um todo, por tal feito. O universal sempre é o
foco do estudo de Durkheim. O que importa é demonstrar que ameaças à coesão
interna da sociedade não serão toleradas, serão passíveis de sanções. Isso,
visando manter o sentimento social estável.
A causa eficiente serve para manter o estado de alma coletiva de
normalidade, equilibrado. A partir do momento em que isso não acontece, uma
sociedade em que permeia a impunidade, por exemplo, casos de linchamentos
começam a surgir. A justiça com as próprias mãos toma a função das organizações
judiciais de responder à sociedade e faz ecoar para a consciência coletiva que
ainda será mantida coesão interna.
O fato de a justiça estar
disfuncional, faz surgir um outro tipo de ordenamento jurídico. O Brasil sofre
desse mal, casos de justiça com as próprias mãos estavam em todos os
noticiários em 2014. Desde lá, a crise de representatividade só aumentou, o que
reforça o discurso de que é necessário descumprir a lei para alcançar “justiça”,
que melhor seja dito, está mais para vingança.
Flávia Oliveira Ribeiro
1o ano - Direito matutino
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