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domingo, 7 de agosto de 2016

Das suas e das nossas cordinhas.


Émile Durkheim, nascido em 15 de abril de 1858, foi um sociólogo, psicólogo social e filósofo francês, morreu em Paris no dia 15 de novembro de 1917. O pensador francês estava profundamente preocupado com a aceitação da sociologia como ciência legítima, para tanto, de certa forma, “aperfeiçoou” o positivismo originalmente estabelecido por Auguste Comte, seu conterrâneo. Suas obras versam principalmente sobre a ideia de fato social, as formas de solidariedade e às ideias de normalidade e patologia sociais, a partir das quais introduziu o conceito de anomia.
A teoria sociológica de Émile Durkheim sempre provocou grandes reflexões e interpretações controversas, no campo sociológico a exposição padrão de sua obra era de um estudioso “conservador”, isto é, um intelectual que se preocupava com a questão da “ordem” social. Mas é preciso avaliar o contexto social em que viveu o pensador, totalmente imerso numa época de extrema conturbação e, em especial na França, durante a vigência da Terceira Republica, a pecha de conservador, deve-se fato de na época Durkheim se preocupar intensivamente com a questão do ensino da moral na educação primária, uma vez que esta ficava a cargo estritamente de religiosos, de modo que havia praticamente uma espécie de monopólio.
A instituição social é um mecanismo de organização da sociedade, é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos e aceitos cuja importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos que dele participam. A defesa durkhemiana das instituições se baseia num ponto fundamental, o ser humano necessita se sentir seguro, protegido e respaldado. Uma sociedade sem regras claras ou sem limites, leva o ser humano ao desespero. Deste modo, ele coloca que tudo na sociedade está interligado, se algo estiver falhando, logo, todos sentirão efeitos. Nasce o conceito de funcionalismo e anomia.
Mas o ponto mais profundo de sua obra é tocante ao “fato social", que ele definiu como uma realidade independente do indivíduo, que ele não criou, não pode rejeitar e já estava pronto antes dele nascer, como as regras morais, leis, costumes, rituais e práticas burocráticas oficiais, entre outras. Consiste em maneiras de agir, de pensar e de sentir que exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a se adaptar às regras da sociedade onde vivem, essa coesão da sociedade seria mantida pela coerção que a coletividade impõe ao indivíduo.
Ou seja, quaisquer que sejam suas escolhas, do pop ao cult; Do progressismo ao conservadorismo; Do Catolicismo ao umbandismo; A consciência coletiva está responsável pela formação de nossos valores morais, e exerce uma pressão externa aos indivíduos no momento de suas escolhas. A soma da consciência individual com a consciência coletiva forma o ser social: nós. Quaisquer que façam.
Victor Hugo Xavier - 1° Direito Noturno.



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