A imparcialidade é um aspecto de extrema
importância para que se possa optar por decisões mais justas. Ser imparcial, ou
seja, se manter neutro torna os profissionais mais íntegros e capazes de lidar
com as mais diversas situações. O exercício de alguns ofícios exige esse
distanciamento do perito de seu objeto de trabalho, para que sua avaliação não
seja prejudicada.
Em sua obra “As
regras do método sociológico”, de 1895, o sociólogo, psicólogo
social e filósofo francês David Émile Durkheim ao tratar do
estudo do fato social discursa que seria necessário à aplicação de uma técnica
para tornar sua assimilação mais sensata. “A primeira regra e a mais
fundamental é considerar os fatos sociais como coisas”. Para ele, o fato social
deveria ser visto como “coisa”, pois assim, com o distanciamento deste, a sua
análise seria a menos afetada possível. Durkheim justifica a
necessidade dessa “coisificação” do fato social falando sobre a dificuldade de
analisar um objeto de mesma natureza que o cientista. “Acontece
que, como essas noções estão mais próximas de nós e mais ao nosso alcance do
que as realidades a que correspondem, tendemos naturalmente a substituir estas
últimas por elas e a fazer delas a matéria mesma de nossas especulações”.
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Há
uma ampla lista de trabalhos em que ser o mais imparcial possível é essencial,
já que ser totalmente imparcial é algo praticamente improvável. Entre esta
lista, um dos profissionais que devem tentar se manter os mais equânime praticável
são os profissionais da área do Direito. Em um julgamento justo é primordial
que o juiz se mantenha neutro a fim de analisar ambas as partes com equidade.
Portanto a imparcialidade é como pontuou Durkheim, algo imperativo para um
parecer equitativo e coeso.
(Isabela Rafael Soares - 1º Ano - Direito Noturno)
(Isabela Rafael Soares - 1º Ano - Direito Noturno)
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