Durkheim considera que a sociologia é a ciência que retrata
a realidade e, por isso, cada sociedade se explica por si mesma, pois os
fenômenos sociais exercem funções diferentes em sociedades diferentes. Isso é
denominado de “causalidade eficiente”. Essas funções distintas ocorrem devido a
mistura de diferentes culturas e costumes.
O pensador também estudava os “fatos sociais”, que, segundo
ele, deveriam ser analisados como coisa, já que são independentes do indivíduo,
mas analisam as ações humanas em sociedade, associando-as às regras vigentes no
local. Nota-se, então, que o filósofo considera o coletivo como mais importante
que o individual. Durkheim também observava as normas de determinado grupo. Ele
afirma que a resistência às regras não torna o indivíduo livre, pelo contrário, o sociólogo acredita que não há forma de se fugir das normas, já que elas são
coercitivas e impostas pela sociedade. Prova disso é o próprio “estar na moda”.
O que são as tendências senão meras imposições da sociedade (ou “reproduções de
um modelo coletivo”) para que um indivíduo seja aceito em um determinado grupo?
Para o pensador, até mesmo as pessoas
que querem romper com esse padrão estabelecido pela sociedade procuram grupos
que as aceitem e as apoiem. O indivíduo, portanto, não sobrevive sem o coletivo.
Os “fatos sociais”, então, estão presentes no nosso cotidiano,
sendo que é praticamente impossível o rompimento total com eles. Isso leva a
formação de uma sociedade que age conforme a opinião do coletivo, e não da do
indivíduo. Portanto, todos precisam dos outros e todos são influenciados pelos
outros, seja seguindo os padrões ou indo de encontro a eles.
Mariana Smargiassi - Primeiro ano de Direito (diurno)
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