Em sua teoria
positivista, Auguste Comte analisa a sociedade do jeito que ela é, de fato.
Segundo o filósofo, como não há noções absolutas, não há necessidade de saber a
origem das coisas. O correto seria se buscar as leis que regem fenômenos,
através do raciocínio e observação.
De
acordo com Comte, a sociedade passa pelos estágios teológico, metafísico e, por
fim, positivo. Nesse sentido, ordem seria uma condição para o progresso. Isto
é, só será possível um amadurecimento da sociedade, se esta estiver, a
princípio, estática. Assim, de acordo com a ordem, há uma hierarquia regida
pela moral. Cada um teria o seu lugar na sociedade, como em uma engrenagem. O
trabalho seria, portanto, um meio de dignificar o homem, de incluí- lo no
contexto social de acordo com a ordem vigente.
Podemos
relacionar a visão de Comte com os movimentos sociais existentes. Tomemos, por
exemplo, o caso do feminismo. A mulher, há algumas décadas, era tida como papel
secundário nas relações sociais e haveria tarefas específicas para homens e
mulheres. Essa era considerada a ordem: a mulher fazendo tarefas “de mulher”.
Com o aumento da aparição do sexo feminino no mercado de trabalho, ela foi
saindo do seu papel “de origem” e foi ocupando espaços considerados masculinos.
Essa
“quebra de ordem” proporciona certo desconforto para muitas pessoas hoje em
dia, nota- se a grande quantidade de falas machistas frente ao movimento. Pode-
se dizer que há um grande número de pessoas que possuem influência do
pensamento positivista. Essa é considerada a harmonia do positivismo: cumprir o
papel prescrito pela moral. Resta analisar qual seria essa moral.
Anna Beatriz Vasconcellos Scachetti
1ª ano- direito diurno
Anna Beatriz Vasconcellos Scachetti
1ª ano- direito diurno
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