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sábado, 16 de abril de 2016

A frieza do Positivismo

Direita, esquerda, "contra o golpe" ou ao favor do impeachment: tamanha polarização política retorna ao nosso contexto nacional de forma histórica. O aumento do desemprego, inflação, os déficits gerados pela má administração dos recursos públicos e os consequentes  abandonos da educação, saúde, segurança e mobilidade, fazem o descontentamento da população brasileira aumentar. É com tal desânimo e ressentimento que se alimenta uma visão unilateral e individualista da suposta solução.
Como já conhecido o lema da bandeira nacional, "Ordem  e progresso" é visto a influência do positivismo já nas raízes da república nacional brasileira, trazida por intelectuais e implantada como doutrina em academias militares, de medicina, escolas politécnicas, etc, demonstra hoje seus reflexos quando a sociedade prega a "manutenção da ordem" (uma visão um tanto quanto conservadora) e crítica a "falta de progresso" (ignorando o avanço, mesmo que pequeno, como a inclusão das minorias, a erradicação da fome, por exemplo.)
Foi o francês Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (Auguste Comte) o precursor do positivismo, sob influência de Descartes e Bacon. Sua visão cientificista rompia com o longo poderio intelectual da igreja e das crenças, por tal propunha o Estágio positivo como último, sendo antecedido pelo Estágio Teológico e metafísico. Em sua visão, buscava a verdade através daquilo que pudesse ser comprovado, buscando padrões únicos até mesmo no estudo das  sociedades (física social), o que hoje podemos enxergar como claramente impossível.
É justamente essa visão sobre o quanto é errônea a física social, baseada apenas na razão, que precisamos buscar. Cada homem é único, possui sua personalidade, história e cultura, assim nunca se comportará da mesma forma, como uma reação química por exemplo. Tendo isso em vista, não podemos ser estudados e nem tratados como tal. Como seres humanos possuímos tanto nosso lado racional como o passional, e por mais que muitas vezes esqueçamos disso, deve haver um equilíbrio entre ambas partes, principalmente quando tomamos decisões que afetarão a vida de outras pessoas.

Ana Carolina Gracio - Direito Diurno - 1º ano. 

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