Total de visualizações de página (desde out/2009)

sábado, 4 de julho de 2015

Capitalixo e suas consequências

      Sociedade contemporânea: o homem produz sem fim definido – em abstrato – produz algo que não sabemos o que é e muito menos para que serve, apenas vendemos nossa forca de trabalho em troca de um reconhecimento financeiro para conseguir ter uma vida decente. Isso é normal, e não deveria ser. Percebe-se que, com o passar dos anos, os homens se tornaram cada vez mais “mecanizados”, parecendo maquinas. Alem disso, também percebe-se sua limitação, uma vez que, por exemplo, numa empresa, a pessoa que trabalha no call center é responsável única e exclusivamente por seu cargo e não sabe o que acontece no todo, sendo que as funções deveriam se interligar e o trabalhador ter noção do que faz e sua importância em determinado local.
    A contradição do sistema se encontra no aumento dos meios de produção, minorias se tornando ricas, ostentação, luxo, mansões, carros e junto a isso, o aumento da desigualdade social, da pobreza, fome, miseria. Para engels, isso é algo incompreensível, alem de ser uma ruptura na sociedade contemporânea, uma vez que nunca houve discrepâncias tão gritantes – não faz parte da ordem natural, sendo que é uma “escassez planejada”, concluindo que o capitalismo é um sistema egoísta e excludente. As desigualdades sociais são uma contradição gritante em quase todos os países globalizados hoje em dia, nota-se os EUA e os países africanos, enquanto um pais aprova o casamento gay em todos os seus estados, os outros tratam o homossexualismo como pena de morte.
A fixação na perspectiva de produção ocorre porque o trabalho faz parte da ontologia do ser social, ou seja, é inerente ao ser humano. Produz espaço, riqueza, vida política e social, é um imperativo, é a estrutura para compreender o sistema vigente. O materialismo dialético dá condições reais e materiais de existência, tudo se correlaciona a produção.           Essa dialética materialista busca a causa, que é a experiência histórica, uma vez que “a historia natural é o espelho da dialética”, o real é a base da analise cientifica (via puramente empírica de se chegar ao conhecimento, uma vez que a resposta para os males de qualquer época não esta nas idéias, mas na própria historia).. Devemos compreender transformações, enxergar além das mudanças materiais e compreender o que a história trouxe de realidade nova, é a perspectiva de vontade de mudança e evolução social.

    A vida esta em constante dinâmica, as relações sociais mudam e a idéia das contradições esta bem clara. O socialismo é, então, para Engels, um percurso incontornável da historia; é um produto necessário da luta entre as duas classes formadas historicamente: o proletariado e a burguesia. A mais-valia é algo muito injusto na realidade dos meios de produção, uma vez que nota-se a injustiça e desigualdade nos modos de distribuição da renda, sendo que o burguês empregador fica com a maior parte do lucro, deixando apenas uma pequena porcentagem com o trabalhador. Ainda bem que, graças à dialética social, surgiu o descanso remunerado e mais leis em favor da classe trabalhista. Para Engels, as causas profundas das transformações de cada época devem ser buscadas no modo de produção e de troca e cada época, nota-se ai a “primazia do econômico diante das idéias, política e cultura”. Para superar o modo de produção capitalista, é necessário compreender as forcas produtivas a fim de buscar sua racionalização. Ao conhecer a essência e a natureza dessas forcas, o socialismo pode transformá-las. 

mariana de arco e flexa nogueira - direito noturno 1 ano

Nenhum comentário:

Postar um comentário