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sábado, 19 de abril de 2014

Da desordem ao progresso

            Bacon e Descares são considerados os precursores da corrente filosófica positivista, porém, seu “pai” e idealizador foi o Auguste Comte. O pensador do século XIX foi responsável por teorizar e ditar as diretrizes do positivismo, tal qual o conhecemos e estudamos hoje.
            Na concepção de Comte, o conhecimento passa por três estados históricos diferentes, sendo eles: o estado teológico (fictício) que seria o ponto de partida, em que os agentes sobrenaturais explicam as causas do mundo, como uma Filosofia Primitiva; o estado metafísico (abstrato), considerado uma transição, no qual por meio de um raciocínio argumentativo as forças abstratas, verdadeiras entidades é que explicam o mundo e seus fenômenos; e por fim o estado científico (positivo), que seria um estado fixo, definitivo, que combina o raciocínio com a observação para descoberta de leis efetivas. Assim, o Positivismo representaria o próprio amadurecimento do homem.
            O método positivista propunha uma reforma no pensamento humano à medida que idealizava o pensamento científico como o único possível para obtenção palpável do conhecimento. Existe também nessa corrente a proposta de reclassificação das ciências para um estudo mais direcionado, o que implicaria em uma reorganização da educação, com o rompimento do estudo isolado das ciências.
            Uma das principais críticas a esse método recai sobre a proposta de ordenação social para se atingir o progresso econômico. Dessa forma, seria necessário um Estado forte e centralizado para efetivação dessa ordem, além da manutenção das velhas estruturas sociais. Comte entende que essa seria a única forma de não haver desagregação do Estado e se alcançar um progresso significativo. Essa proposta é largamente contestada, uma vez que inúmeras vezes na História a desordem e a desestruturação das camadas vigente, por meio de rebeliões e manifestações é que levaram a mudanças mais do que consideráveis e que culminaram no progresso da nação que protagonizou esse caos.
           Assim, o Positivismo deve ser visto como um dos alicerces da Ciência Moderna de acordo com seus métodos inovadores para a época em que foram lançados. No entanto, apesar de ser amplamente elogiado, ele deve ser também criticado na proposta de estática social, que só faria as sociedades andar em círculos invés de atingirem tanto o progresso, como o amadurecimento propostos por essa Filosofia. 

Luiza Fernandes Peracine - 1º ano Direito Noturno

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