No debate sobre o assunto trazido no livro “Re-Trabalhando as Classes no Diálogo Norte-Sul: Trabalho e Desigualdades no Capitalismo Pós-Covid”, foram levantadas justamente questões sobre o trabalho nesse meio capitalista entre países do Norte e do Sul, além de citar a importância do direito nessa luta contra a precarização e terceirização desse meio trabalhista, que está presente em toda a sociedade e que muitos dependem dele para sobreviver. Para o filósofo Marx “O trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade” e com essa visão defendida por ele tem-se que o trabalho sempre estará implementado nas sociedades independente do tempo, porém basta para a população observar e conduzir de perto esses meios para que eles sejam realizados futuramente de maneira igualitária.
Por meio dos tópicos debatidos e os posicionamentos marxista em relação a esse meio de produção, pode-se analisar como esse sistema econômico está evoluindo rapidamente e se tornando mais precário, uma vez que o foco está nas produções, gerando uma visão capitalista centralizada e o trabalhador segue sendo esquecido e visto somente como parte do processo, tornando essa relação mecanizada e por consequência precária. Algo que impactou profundamente essa relação capitalista do trabalho e mudou significativamente o presente e futuro do mesmo, foi a COVID-19, doença que permitiu uma maior visibilidade para outros tipos de serviços digitais, mas que também resultou na precarização e desigualdade em alguns outros ramos, na qual as pessoas dessas áreas arriscaram constantemente suas vidas trabalhando, pois de acordo com o Governo “o mundo não poderia parar” e essa situação apenas piorou a situação e aumentou o índice de desemprego.
É possível citar inúmeros trabalhos que tiveram que seguir esse viés durante a pandemia, como o aumento do trabalho uberizado, a não paralisação dos funcionários de distribuidoras, porque as compras onlines cresceram cada vez mais nesse período, a continuidade dos serviços dos coletores de lixo, o aumento na demanda do serviço na área da saúde, em específico dos enfermeiros, entre outros. Esses exemplos, evidenciam como a Covid trouxe mudanças e novas configurações sociais e trabalhistas, na qual cresceu os trabalhos remotos e informais, além de mostrar as diferenças entre as políticas adotadas como suporte econômico nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento, deixando claro como os impactos econômicos afetaram mais os países do Sul e como vários trabalhadores ficaram em situações de vulnerabilidade, sem acesso ao mínimo de benefícios. Porém essa situação também resultou em uma maior busca desses funcionários por melhores condições e proteção, fortalecendo as lutas sindicais e trazendo expectativas para um maior crescimento deles no futuro.
Tendo em vista todas essas informações, fica evidente que o mundo, em específico a sociedade brasileira, necessita implementar políticas voltadas a proteção social dos trabalhadores com uma requalificação profissional, tendo em vista esse avanço tecnológico e uma economia mais sustentável, para que o futuro do trabalho seja melhor e equitativo que o presente, além dos funcionários ganharem o reconhecimento que merecem.
Rayssa Ribeiro dos Santos. 241223831
Turno: Matutino
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