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sexta-feira, 24 de março de 2023

Como a ciência do direito me ajuda a olhar para o mundo


Como a ciência do direito me ajuda a olhar para o mundo




O mundo em que vivemos é complexo e repleto de desafios, e a ciência do direito pode ser uma ferramenta poderosa para entender e enfrentar esses desafios. Como estudante de direito, percebo cada vez mais a importância de compreender as leis e as instituições que regem a nossa sociedade. Nesse sentido, a obra de filósofos como René Descartes, Francis Bacon, Émile Durkheim, Karl Marx e Friedrich Engels, Max Weber e Jessé Souza, bem como os livros "48 Leis do Poder" e "33 Estratégias de Guerra", podem contribuir significativamente para essa compreensão. Descartes, por exemplo, enfatizou a importância do raciocínio lógico e da investigação metódica para se alcançar a verdade. Em sua obra "Discurso do Método", ele afirmou que "o bom senso é a coisa melhor distribuída no mundo, pois todos pensam ter o suficiente" (DESCARTES, 2001, p. 33). Essa afirmação ressalta a importância de questionar as verdades estabelecidas e buscar evidências concretas para formar nossas opiniões e decisões. Bacon, em sua obra "Novum Organum", defendeu a necessidade de se investigar a natureza de forma empírica e sistemática. Ele afirmou que "o conhecimento é poder" (BACON, 2000, p. 35), ressaltando a importância de se obter conhecimento para se ter o controle das situações. Durkheim, por sua vez, enfatizou a importância das instituições sociais na construção da ordem e da coesão social. Ele defendeu que "as instituições são mais importantes do que as pessoas" (DURKHEIM, 2008, p. 42), argumentando que as instituições, como o direito, regulam as relações entre as pessoas e permitem a convivência em sociedade. Marx e Engels, em sua obra "O Manifesto Comunista", analisaram as relações de poder existentes na sociedade e destacaram a importância da luta de classes na história. Eles afirmaram que "toda história até agora é a história da luta de classes" (MARX; ENGELS, 2009, p. 39), mostrando como as relações de poder são determinantes na construção da sociedade. Weber, em sua obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", analisou a relação entre a religião e o desenvolvimento econômico. Ele destacou a importância da racionalidade e do cálculo para o sucesso no mundo dos negócios. Weber afirmou que "a riqueza não é mais a fonte da felicidade e da segurança, mas a habilidade para garantir essas coisas" (WEBER, 2017, p. 112), mostrando como a lógica e a racionalidade são importantes no mundo contemporâneo.

Jessé Souza, em sua obra "A Elite do Atraso", analisou a relação entre o poder econômico e o Além disso, a teoria marxista também é importante para entendermos as relações de poder presentes na sociedade. Segundo Marx e Engels, a luta de classes é o motor da história e, portanto, o poder político está nas mãos da classe dominante. A partir dessa perspectiva, é possível questionar as estruturas de poder e buscar formas de resistência e transformação social.

Outro autor que traz importantes reflexões sobre o poder é Max Weber. Para ele, o poder é a capacidade de impor a própria vontade mesmo diante da resistência alheia. Weber também fala sobre a burocracia como uma forma racional-legal de exercer o poder. Essas ideias são relevantes para entendermos o funcionamento do Estado e as relações de poder presentes nas instituições. Por fim, não podemos deixar de mencionar o papel do direito na sociedade. O filósofo René Descartes defende que a lei deve ser baseada na razão e na justiça, e não apenas na tradição ou no poder. Já Francis Bacon, em sua obra Novum Organum, propõe que a ciência do direito deve ser baseada na observação e experimentação, assim como outras ciências naturais.

Essas diferentes perspectivas sobre o poder e o direito nos ajudam a olhar para o mundo de forma crítica e reflexiva. Por meio delas, podemos questionar as estruturas de poder presentes na sociedade e buscar formas de resistência e transformação. É importante lembrar que o conhecimento não é neutro e que, portanto, devemos sempre questionar as visões de mundo que nos são apresentadas. Diante disso, podemos concluir que a ciência do direito é uma ferramenta importante para entendermos as relações de poder na sociedade. Por meio de diferentes teorias e perspectivas, podemos questionar as estruturas de poder presentes nas instituições e buscar formas de transformação social. É por meio do conhecimento crítico que podemos construir um mundo mais justo e igualitário. m relação às 48 Leis do Poder, uma obra de Robert Greene que analisa estratégias de poder utilizadas por grandes líderes históricos, é possível questionar a ética por trás de algumas dessas leis. Será que vale tudo para se alcançar o poder? Será que a manipulação e a traição são justificáveis? Ou é possível agir com integridade e ética sem comprometer o sucesso e a liderança? Essas são questões importantes a serem consideradas ao se pensar em como a ciência do direito pode ajudar a olhar para o mundo.

Por fim, é possível concluir que a ciência do direito é fundamental para a compreensão e análise das relações de poder na sociedade. É através dela que podemos questionar e problematizar as leis e normas que regem nossa convivência, buscando sempre a justiça e a equidade. Com base nas teorias e reflexões de Descartes, Bacon, Comte, Durkheim, Marx, Engels, Weber e Souza, e complementando com as obras de Greene, podemos ampliar nossa visão de mundo e agir de forma mais consciente e crítica em relação às estruturas de poder que nos cercam.

REFERÊNCIAS:

BACON, Francis. Novum Organum. São Paulo: Martin Claret, 2001.

DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Martin Claret, 2000.

COMTE, Augusto. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. O manifesto comunista. São Paulo: Martin Claret, 2005.

GREENE, Robert. As 48 Leis do Poder. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

SOUZA, Jessé. A Elite do Atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.


poema

Com a ciência do direito eu aprendi A olhar o mundo de forma mais ampla E perceber as complexidades da vida Que vão além do que se pode ver na estampa

De Descartes eu aprendi a duvidar E questionar tudo que me é apresentado Para encontrar a verdade a se buscar E nunca ficar preso ao que é limitado

Bacon me ensinou a observar E ver além do senso comum Através da experimentação chegar Ao conhecimento que traz o futuro algum

Comte mostrou que o saber se constrói Por meio da ciência e da observação E que as leis da sociedade estão aí Para nos ajudar na organização

Durkheim trouxe o conceito de fato social E a importância da coletividade Para entender a dinâmica social E alcançar a estabilidade na diversidade

Marx e Engels nos fizeram refletir Sobre a luta de classes e a exploração E como o direito pode oprimir E sustentar a desigualdade em ação

Weber destacou a importância do direito Para a ordem social e a racionalidade E que a ação social é fruto do sujeito E sua relação com a sociedade

Jessé Souza nos alerta sobre o poder E como ele se manifesta na sociedade E o quanto a desigualdade pode ser A força motriz de toda essa realidade

Com as leis do poder e as estratégias de guerra Aprendemos a nos proteger e a sobreviver Mas devemos sempre lembrar Que o direito deve ser usado para o bem-estar

No mundo complexo em que vivemos O direito é essencial para a convivência Mas é preciso ter consciência De que ele pode ser usado para oprimir ou para a defesa

Assim, com a ciência do direito como guia Olhamos para o mundo com mais clareza E podemos agir de forma mais sábia Para construir uma sociedade mais justa e verdadeira.

Um comentário:

  1. Aluno: Gabriel Gonçalves mendes Capelli Cariello
    RA: 231223404
    Turma: 1º ano - Direito - Noturno

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